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SulAmérica tem resultado melhor do que o esperado no 4° trimestre

Fonte: Valor Econômico

Por Thais Folego | De São Paulo

O controle do volume de indenizações na carteira de seguro saúde e um resultado financeiro forte garantiram à SulAmérica um resultado melhor do que o esperado pelo mercado no quarto trimestre e também no ano.

O lucro líquido da seguradora atingiu R$ 295,7 milhões de outubro a dezembro, avanço de 1,2% em relação a igual período de 2013. A média de projeção de seis analistas consultados pelo Valor era de ganho de R$ 266 milhões, equivalente a uma queda de 7%. No ano, o lucro foi de R$ 555 milhões, 13,9% maior do que em 2013, resultado recorde na história da empresa, segundo Gabriel Portella, presidente da seguradora.

A receita com prêmios de seguros somou R$ 3,5 bilhões no trimestre, crescimento de 9,9% em 12 meses. O avanço foi puxado pelo seguro saúde e odontológico, responsável por 70% do faturamento da seguradora, cuja receita cresceu 13,7% no quarto trimestre. Boa parte desse avanço se deve ao forte reajuste de preços.

Segundo Portella, também houve giro de portfólio, com o cancelamento de apólices com resultados ruins sendo compensado por novas vendas. "Mesmo em um ano de reajuste de preços forte mantivemos o patamar de retenção [de clientes] alto", afirma o executivo.

Na carteira de seguros de automóveis, a seguradora sacrificou um pouco do crescimento para manter a margem do negócio, segundo Portella. As receitas dessa carteira cresceram 5% no trimestre, para R$ 714 milhões.

O índice de sinistralidade - indicador que mede a relação entre a receita e o pagamento de indenizações e quanto menor, melhor - caiu quase 2 pontos percentuais, para 67,3%. A queda é liderada pelo controle dos custos médicos. Segundo Portella, isso é resultado das ações de gestão de riscos e sinistros da seguradora. Desde o segundo trimestre, por exemplo, a companhia passou a negociar diretamente com fornecedores alguns suprimentos médicos para a distribuição aos hospitais, o que gerou economia de custos.

Outro fator que contribuiu para a última linha do balanço foi o resultado financeiro, beneficiado pelo maior patamar da taxa de juros. Essa linha cresceu 7,5% no trimestre, para R$ 160 milhões, e 40% no ano, para R$ 658,3 milhões.

O índice combinado ficou em 93,4% no trimestre, praticamente estável em 12 meses. Esse indicador mede a eficiência operacional da seguradora e quanto menor, melhor. Acima de 100% mostra prejuízo na operação.

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