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Apesar da crise, Fenaber ainda crê em expansão

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Pesquisa aponta que seguradoras ficaram mais lucrativas e solventes após a abertura do mercado ressegurador, que, de 2008 para cá, viu o faturamento saltar 139,5%

Aatividade de resseguros evoluiu a passos largos nos últimos sete anos no Brasil. Dados da Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber) indicam ue entre a abertura das operações
ao capital privado, sobretudo estrangeiro, ocorrida em 2008, a 2014, o mercado cresceu 139,5%, ao atingir receita de prêmios da ordem de R$ 9,1 bilhões. E, se não houver acidentes de percurso, a expectativa continua sendo de expansão em 2015. “Vamos crescer até 6% este ano”, estima o presidente da federação, Paulo Pereira.

Ao participar de um fórum internacional sobre resseguros organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), no Rio de Janeiro, Paulo Pereira disse que o mercado internacional mantém uma postura “soft” em relação ao Brasil, havendo muita capacidade de capital para absorver riscos locais.

Para Paulo Pereira, o avanço do resseguro no País, a atividade que considera ainda pequena, também se reflete na acirrada concorrência observada praticamente desde o ano da abertura do mercado, no primeiro semestre de 2008. Ele disse que mais importante é a presença no Brasil dos principais resseguradores do mundo, com capacidade suficiente para atender a demanda doméstica.

No mesmo fórum, que contou com parceria da Fenaber e da Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg), a KMPG apresentou uma pesquisa, realizada por encomenda da Associação Brasileira das Companhias de Seguros Internacionais (ABCSI), que mostrou, por exemplo, que a maioria dos entrevistados acredita que as seguradoras brasileiras se tornaram mais lucrativas e solventes após a abertura do mercado. Contudo, a maior parte dos executivos ouvidos admite que houve perda de margem de negociação, diante da nova realidade do processo de seleção, aceitação ou rejeição de riscos.

Futuro
Perguntados sobre o que esperam para os próximos cinco anos, mais de 70% dos entrevistados manifestaram convicção no aumento da oferta de produtos e serviços. A maioria também aposta no crescimento dos investimentos feitos principalmente em treinamento e em novas tecnologias.

Nesse cenário, voltou a ganhar destaque a discussão sobre a regulamentação da retrocessão, instrumento que as seguradoras utilizam para distribuir parte do risco aceito para outras operadoras do mercado. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) criou, inclusive, um grupo de trabalho para acelerar o processo. “A retrocessão, embora já prevista na Lei Complementar 126 e na Resolução 168 (ambos de 2007), ainda carece de regulamentação específica. A iniciativa da Susep atende à demanda de seguradoras interessadas em negócios no exterior”, revelou, no encontro, o coordenador de resseguros da Susep, Diogo Ornellas Geraldo.

Segundo ele, o mercado de retrocessão ainda é residual. No ano passado, por exemplo, apenas 0,02% da receita de prêmios de R$ 164 bilhões gerada no mercado brasileiro foi proveniente das operações de retrocessão. Além disso, ele assinalou que, no exterior, a tendência do mercado de retrocessão é de
queda, pois seguradores e resseguradores estão optando pela maior retenção e seletividade dos riscos. A Susep está propensa a distinguir, nas normas da retrocessão, o que valerá para o seguro e para o resseguro.

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