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Autos e aplicações puxam ganho da Porto

Fonte: Valor Econômico

O lucro da Porto Seguro cresceu no primeiro trimestre, ajudado pela evolução dos prêmios em seguros de automóveis e pelo resultado das aplicações financeiras.

De janeiro a março, o lucro líquido alcançou R$ 230,9 milhões, uma alta de 51% ante o mesmo período do ano passado. Pelo critério de "business combination", que consolida os números das diversas marcas, o lucro subiu 52% e alcançou R$ 229 milhões.

As receitas totais cresceram 16%, para R$ 4,09 bilhões, enquanto os prêmios de seguros tiveram alta de 14% e atingiram R$ 3,32 bilhões. A companhia destacou que no segmento de automóvel da marca Azul e nos produtos residencial e empresarial da marca Porto, os prêmios evoluíram mais de 25%.

A frota total segurada atingiu 5,1 milhões de veículos, com incremento de 8%, e o número de residências atendidas chegou a 2,3 milhões, com alta de 23%.

Em relatório, os analistas da Fator Corretora saudaram a forte expansão do resultado, mas ponderaram que o atual preço da ação já reflete premissas mais do que otimistas. "De acordo com nossas estimativas, mesmo se incorporarmos e perpetuarmos a melhora da taxa de sinistros do trimestre, ainda chegaríamos a um preço-alvo ao redor de R$ 33", apontaram. "Por ora, mantemos [a recomendação] 'equal weight', mas com significativo risco de baixa."

O destaque positivo, segundo a casa, foi a melhora de 3,5 pontos percentuais no índice de sinistralidade no ramo de automóveis, saindo de 60,5% no primeiro trimestre do ano passado para 57%.

A queda na sinistralidade, principalmente em automóvel e saúde, levou o índice combinado de seguros a ficar em 97,3%, ante 98,8% um ano antes. Esse indicador mede a eficiência operacional da seguradora e quanto menor, melhor.

O resultado financeiro também teve peso relevante no desempenho do trimestre, ao aumentar 30%, para R$ 272,1 milhões. A rentabilidade das aplicações foi de 2,98% (o equivalente a 106% do CDI), excluindo-se os recursos previdenciários.

Segundo a companhia, "a rentabilidade da carteira de aplicações financeiras foi favorecida pelos títulos indexados à inflação". Por outro lado, acrescentou, a desvalorização cambial, pressionou os CDS (credit default swap) e a curva de juros, gerando prejuízos às posições prefixadas. A carteira total somava R$ 9,7 bilhões.



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