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Parcela do setor de seguros no PIB supera 6% no semestre

Fonte: Jornal do Commercio - Rj

Produtos dos chamados ramos elementares, que englobam coberturas para veículos e empresas, entre outras, têm, contudo, sentido os efeitos da contração econômica

Apesar de a grande maioria dos setores com peso mais expressivo na economia vir apresentando queda na produção, o mercado de seguros encerrou o primeiro semestre com uma musculatura maior, muito embora o seu ritmo de crescimento tenha arrefecido nos primeiros meses do ano. É o que indica levantamento feito pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), segundo o qual a participação das atividades de seguros, previdência complementar aberta e capitalização no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ultrapassou a marca de 6%, ao chegar a 6,2% no final de junho, mesmo com os números do ramo saúde limitados ao primeiro trimestre do ano.

Em igual período de 2014, a parcela do seguro no PIB ficara em 5,8%, mas, principalmente, devido ao fraco desempenho do VGBL, entre outros fatores. Neste 2015, o faturamento global do mercado segurador foi a R$ 107,2 bilhões no primeiro semestre, crescimento de 14% frente aos seis meses iniciais de 2014. O ramo saúde, à parte, no patamar de R$ 34,2 bilhões no primeiro trimestre, subiu 12,9% sobre idêntico período do ano passado.

De acordo com o estudo, a fatia do seguro no PIB (sem os planos e o seguro de assistência médica e odontológica), passou de 3,5%, em junho de 2014, para 3,8% em junho último. Já a carteira de saúde, contabilizada pela CNSeg à parte porque os dados são relativos aos três meses iniciais, teve sua participação no PIB aumentada de 2,3%, no final de março de 2014, para 2,4%, na final de março deste ano.

O levantamento da confederação das seguradoras indica ainda que os ramos elementares, que englobam os seguros de veículos, empresas, residências, responsabilidades e crédito, entre tantos outros, são os que mais sentiram, até junho, os efeitos da instabilidade econômica do País. A receita de prêmios computadas nesse segmento alcançou R$ 34,3 bilhões na primeira metade do ano, com crescimento de 4,9% ante os seis primeiros meses do ano passado.

Já nos planos de previdenciários (de acumulação), que incluem o VGBL, por exemplo, o avanço da receita chegou a 28,2% entre os dois períodos comparados, para R$ 46,3 bilhões. Os planos de riscos (seguros de pessoas, entre outros), por sua vez, avançaram menos, porém significativos 10,3%, para R$ 16,1 bilhões. O pior desempenho foi verificado nos títulos de capitalização, cujo faturamento caiu 2,8%, somando R$ 10,4 bilhões até junho passado.

Avaliação

No mercado, o otimismo ainda tem vez. Embora admita que a atividade de seguros sofrerá um pouco mais os efeitos da desaceleração econômica, neste segundo semestre, o diretor- geral da Bradesco Auto/ RE, José Sérgio Bordin, acredita, ainda assim, que o setor manterá o ritmo de crescimento, mas menor. O desempenho do setor na primeira metade do ano foi visto por ele como favorável, quando foi mantida a tendência de expansão dos últimos anos.

Na avaliação dele, o cenário positivo logo será retomado, apesar das previsões pessimistas para os próximos meses. “A questão enfrentada na economia vai arrefecer”, diz o executivo, que fez essa análise em recente encontro do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ).

Ele acha também que o futuro do setor é “promissor”, considerando que ainda há um amplo espaço parar o seguro ocupar em diferentes setores da sociedade. Nos ramos elementares, por exemplo, ele cita o seguro residencial como um dos que apresentam grandes janelas de oportunidade para corretores e seguradoras. “Há muito para ser explorado”, diz José Bordin.

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