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Após crescer 1%, número de segurados em saúde pode cair, diz FenaSaúde

Fonte: O Estado de Minas

São Paulo, 15 - O número de beneficiários no segmento de saúde suplementar pode amargar uma queda no segundo semestre deste ano após crescer 1% na primeira metade do exercício, impactado pelo aumento do desemprego, de acordo com o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar e da Bradesco Saúde, Marcio Coriolano. Com mais pessoas procurando emprego, também haverá impacto, conforme ele, na sinistralidade que tende a apresentar um aumento momentâneo com mais pessoas fazendo exames e consultas preventivas.

"Com certeza, o crescimento de beneficiários em saúde no segundo semestre vai decrescer e pode cair. Mas, não esperamos que o indicador caia muito porque ao mesmo tempo que há evasão de beneficiários com o desemprego pessoas ainda estão comprando seu seguro saúde", afirmou Coriolano.

De acordo com ele, apesar de ser impactado diretamente pelo aumento do desemprego, o setor de saúde suplementar é mais resiliente no mercado de seguros, respondendo por 40% dos cerca de R$ 330 bilhões movimentados. Acrescentou que a área deixou de ser movida por grandes empresas e passou a crescer ancorada no segmento de pequena e média empresa que representa um "mercado pujante".

O presidente da FenaSaúde ressaltou também a necessidade de o governo destravar a política de reajuste de plano individual. Segundo ele, tal mudança é fundamental para reacender o apetite das seguradoras por este mercado em que deixaram de atuar em meio à maior regulação por parte do governo.

Coriolano ponderou, que a situação da Unimed Paulistana, uma das maiores operadoras de planos de saúde a quebrar no Brasil, não está relacionada ao cenário atual uma vez que a empresa já havia sofrido intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) antes. "Não vejo crise sistêmica no setor", avaliou ele.

Recentemente, de acordo com Coriolano, o setor de saúde complementar enviou ao governo sugestões para melhorar a situação do setor, que enfrenta aumento de custos por conta da inflação médica superior a do País, incluindo o reajuste dos planos individuais, importação de insumos e outras. "Não vejo alternativa para resolver a questão do setor de saúde se não o destravamento do reajuste dos planos individuais", concluiu ele.



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