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Ativos sólidos despertam interesse no mundo todo

Fonte: Valor Econômico 

Por Suzana Liskauskas

Em todo os mercados do mundo, os papéis que compõem o setor de seguros estão sempre entre os mais procurados porque são extremamente sólidos. Elias Zoghbi, sócio-líder da indústria de seguros da Deloitte no Brasil, explica que a base do modelo de uma seguradora é trazer um papel com mais solidez.

"Os papéis das seguradoras tendem a ser mais valorizados pelo histórico das companhias e pela composição de ativos. Essas companhias reúnem muitos ativos para compor a reserva técnica, e isso faz com que o papel teoricamente tenha um nível de segurança mais alto", diz Zoghbi.

Nos mercados internacionais, os modelos operacionais são bem distintos do que se acompanha no setor de seguros brasileiro. Mas, como acontece no Brasil, em todo o mundo essas companhias estão entre as preferidas pelos investidores. Zogbhi ressalta que o mercado do Reino Unido se destaca.

Segundo ele, o mercado do Reino Unido é extremamente maduro porque o produto seguro faz parte do dia a dia do inglês, é algo que está arraigado na cultura do inglês. Além disso, eles também têm uma operação de resseguros extremamente relevante. Ao mesmo tempo, é um ambiente mais sensível aos mercados internacionais, além do próprio mercado local.

"A operação de seguros no Reino Unido é internacionalizada, as seguradoras são internacionais, e a operação de resseguros é muito relevante. Quando há um tsunami do outro lado do planeta, o mercado inglês sofre impactos significativos", completa.

Um levantamento feito pela Guide Investimentos, com base em dados extraídos da Sigma Swiss Re, relacionados a 2014, mostra que, em países com economias desenvolvidas, a participação dos prêmios diretos sobre o PIB gira em torno de 9%, enquanto a média mundial é de 6,2%. Forte mesmo em países que não são afetados por grandes catástrofes naturais, como Alemanha e Reino Unido, o setor de seguros atrai a atenção dos investidores nos mercados internacionais.

De acordo com os dados pesquisados pela Guide, o país em que o setor de seguros tem maior penetração sobre o PIB é o Japão, com 10,8%. Em segundo lugar, vem o Reino Unido, com 10,6% e, em terceiro, a França, com 9,1%. Os Estados Unidos ocupam o quarto lugar, com 7,3%, seguido da Alemanha, com 6,5%.

"Em economias mais desenvolvidas, as taxas de participação dos prêmios no PIB são mais elevadas, embora nos EUA, no ano passado, a taxa tenha ficado em 7,3%, e trata-se de m grande mercado", diz Rafael Ohmachi, analista da Guide Investimentos.

Eduardo Nishio, do Brasil Plural, diz que os papéis de seguros assumem particularidades relacionadas ao histórico das companhias, além de serem influenciados pelas características dos mercados em que atuam. Ele explica que, no caso da Alemanha as seguradoras tendem a ser maiores que os bancos.

"Há uma procura por esses papéis em países com tradição de seguros, quer seja porque precisam de mais seguros por sofrerem com catástrofes ou por serem doadores de capital, como é o caso da Alemanha, da Suíça e do Reino Unido, que reúnem várias resseguradoras", diz.


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