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Seguro Auto: prêmios mais caros, menos veículos segurados

Em todos os setores é notável que se analise o desempenho alicerçando-se no faturamento em determinado espaço temporal. Analisados friamente, os números podem mascarar situações que, às vezes, apresentam resultados que podem não refletir o viés de crescimento apresentado..

É inegável que o setor de seguros atravessa, já há alguns anos, um momento de crescimento expressivo em diversos ramos. Turbinado pelo grande volume de vendas de veículos nos últimos anos, o ramo de seguro automóvel, que representa hoje entre 6%0 e 70% da carteira das corretoras de seguros, segundo o ESECS-PJ (Estudo Socioeconômico das Empresas Corretoras de Seguros) divulgado pela FENACOR, cresceu 58% em faturamento e 21% na frota segurada nos últimos cinco anos. 

O interessante é que segundo dados do Autoseg da Susep, o ano de 2014 fechou com 67 mil veículos segurados a menos que em 2013, ou seja, o ramo perde clientes, tendo seu crescimento amparado somente no reajuste dos prêmios, o que diante do cenário econômico atual é de dificil aplicação.

É de extrema importância que encontremos maneiras de trazer novos consumidores para o ramo, seja com a real implantação do seguro popular de automóvel, ou outras ações que viabilizem a contratação do produto para veículos com mais anos de utilização.

Em faturamento, o ramo auto deve fechar 2015 com crescimento menor que a inflação acumulada no período, e talvez com menos veículos segurados que em 2014. Até setembro, os prêmio de seguro auto cresceram 4,20% em relação ao mesmo período do exercicio anterior, ante 7,54% da inflação acumulada nos primeiros noves meses de 2015.

Não obstante tais considerações, o avanço tecnológico afetará fortemente o seguro automóvel, com diminuição de sinistros, mas com um custo maior de reparação, precificação personalizada, como também, com o advento dos veículos autônomos,será aberta uma nova discussão sobre as formas de contratação das apólices...Mas ai já é tema para uma outra conversa!

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