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Compra pela ACE favorece mercado, diz líder da Chubb

Fonte: Risco Seguro Brasil

Para presidente do Conselho da empresa adquirida, as duas se complementam e vão ter oferta mais ampla para corretores

A compra da Chubb pela rival Ace, negócio mundial de US$ 28,3 bilhões anunciado em julho, é excelente para o mercado brasileiro. Quem garante é o presidente do conselho de Administração da Chubb do Brasil, Acacio Queiroz.

Em entrevista à Risco Seguro Brasil, ele reforçou a ideia de complementaridade das duas empresas, com ampliação e melhoria na oferta de produtos. “Teremos um player mais forte para trabalhar em prol do mercado brasileiro”, assegurou.

A ACE tem atuação mais focada em grandes riscos;  a Chubb, em riscos médios e de varejo. “As empresas se complementam”, disse Queiroz. “Vamos atender os corretores sobre todos os aspectos.

”Mundialmente, a companhia unificada se tornará uma dos principais players de seguros corporativos.

Segundo Queiroz, aqui no Brasil a nova companhia irá ficar entre as dez maiores seguradoras do mercado brasileiro — “e uma das maiores não ligada a bancos”.

A compra deverá ser concluída no primeiro semestre do ano que vem, razão pela qual Queiroz diz que não pode fazer comentários mais detalhados da operação futura da empresa.

Durante o anúncio, o presidente mundial da Ace, Evan A. Greemberg,  disse que a nova empresa usará a marca Chubb.

Tamanho

Segundo dados da Susep, compilados pelo especialista Fernando Galiza para o Sindicato dos Corretores de Seguro e Resseguro de São Paulo (SIncor-SP), a ACE ocupou em 2014 a 15ª colocação entre as maiores seguradoras do Brasil, enquanto a Chubb ficou no 18º lugar.

O levantamento não considerou as receitas com VGBL. Com esses critérios, juntas, as companhias formariam no ano passado a 13ª maior seguradora do país.

A ACE, que chegou ao Brasil em 1999, deu um passo largo no segundo semestre do ano passado para reforçar sua atuação no país. Ela comprou o segmento de grandes riscos da Itaú Seguros — um negócio de R$ 1,5 bilhão, com o qual pescou os 18% desse segmento que estavam na mão do banco.

Concentração

O mercado de seguros e resseguros vem passando por uma fase de consolidação, com vários casos de fusões e aquisições.

O ambiente internacional continua favorável para este tipo de operação, estimulado por uma combinação de juros baixos e perdas limitadas que, segundo analistas, deve continuar pelos próximos meses.

Pelo lado dos compradores de seguros, no entanto, o movimento mundial é visto com ressalvas.

A Amrae, associação que reúne gestores de risco franceses, acredita que a concentração pode resultar em menor capacidade para alguns produtos e consequente aumento de preço.

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