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Roubo de carro diminui no País

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Queda favorece seguradoras, que esperam ainda regulamentação da Susep para operar apólice popular amparada na reposição de peças usadas em sinistros com perda parcial, conforme a Lei do Desmonte

Os índices de roubos e furtos de veículos no País vêm caindo mês a mês em todo o Brasil, desde dezembro do ano passado, segundo levantamento feito pela Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg). De janeiro a setembro, as unidades subtraídas somaram 372,2 mil, o que representou redução da ordem de 5,6% em relação a igual período de 2014.

O número absoluto indica que 1.377 carros, em média, foram levados pelos ladrões diariamente nos nove primeiros meses do ano; 57 a cada hora, praticamente um por minuto. Mas foi menos que um ano antes. “Há uma clara tendência de queda”, destaca o diretor-executivo da Fenseg, Neival Rodrigues Freitas, que participou de um seminário sobre a chamada Lei do Desmonte, em Vitória (ES).

Ele revela que, do total de 372,2 mil carros roubados, cerca de 201 mil foram recuperados. Com isso, a taxa média de recuperação chegou a 54%, pouco acima dos 53% apurados de janeiro a setembro do ano passado.

Neival Freitas acredita que a Lei 12.977, de 2014, a Lei do Desmonte, que entrou em vigor em maio último, trará benefícios para toda a sociedade. Ele cita o exemplo de São Paulo, onde foi regulamentada uma lei com as mesmas características. “Nesse estado, em setembro, comparado a idêntico mês de 2014, a queda no número de roubos e furtos chegou a 12,3%”, revela.

Outro ponto destacado por ele é que a lei vai permitir a regulamentação de um seguro popular para carros antigos, com mais de cinco anos de fabricação. Isso porque, pela lei, será possível utilizar autopeças recondicionadas, desde que autorizadas pelo Departamento de Trânsito (Detran) dos estados, no conserto de veículos acidentados. “Até agora, o preço do seguro para carro usado é muito elevado porque a legislação obrigava as seguradoras a utilizarem peças novas, o que tornava impraticável a comercialização de um seguro para tais veículos”, observa.

Neival Freitas contas que pelo menos 30 milhões de carros antigos circulam pelas ruas e estradas brasileiras sem qualquer cobertura do seguro. Ele destaca ainda que outros dois milhões de unidades estão nos depósitos de estados e municípios. Estes veículos, aprendidos por irregularidades ou dívidas com o Estado, também poderão ser desmontados nas oficinas regulamentadas pela lei e suas peças revendidas.

Regulamentação

Já o diretor da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Carlos Valle, lembra que a Lei 12.977/14, vai reduzir os acidentes no trânsito, os roubos e furtos de veículos e favorecerá até o meio ambiente, com a obrigatoriedade de se dar o destino correto a todos os componentes do veículo desmontado, como plásticos, borrachas, vidros, metais e líquidos.

Na avaliação dele, outro ponto importante é a possibilidade de o mercado de seguros oferecer, com o respaldo dessa lei, uma nova cobertura securitária para os veículos mais antigos cujas peças saíram de circulação. “Esperamos que a Susep (Superintendência de Seguros Privados) regulamente esse produto o quanto antes”, assinala Carlos Valle.

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