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Mercado oferece modalidade de seguro veicular mais em conta

Fomte: JC Online

Seguro para terceiros não cobre as despesas com o carro do segurado
Seguro para terceiros não cobre as despesas com o carro do segurado
Acervo JC/imagem

Comprar um carro novo e contratar um seguro para andar protegido de qualquer problema é o sonho de muita gente. Mas nem sempre o orçamento permite fechar esse tipo de negócio, principalmente se o valor da apólice for muito elevado. A saída, nesses casos, é rodar com um veículo desprotegido e torcer para nada dar errado. Para não deixá-los contando com a própria sorte, as seguradoras oferecem uma solução que garante uma boa cobertura para quem não pode pagar pela cobertura total. Hoje é possível fazer um contrato desses sem ter de desembolsar tanto. Basta procurar um seguro para terceiros, também chamado de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (RCF).

O serviço tem proteção reduzida e é recomendado para uso bem específico, mas o valor é bem menor. Em linhas gerais se o cliente bater em outro veículo o plano vai indenizar a vítima. Só que o titular do contrato terá de pagar as despesas de conserto de seu próprio automóvel. O valor desse tipo de proteção chega a ser 20% do de um plano com cobertura total, dependendo do modelo de carro segurado. Os preços médios são entre R$ 500 e R$ 600, independente da marca do automóvel e idade do proprietário (no plano tradicional a empresa analisa várias questões).

Os principais consumidores desses planos de cobertura para terceiros são proprietários de carros com bom tempo de uso ou modelos de nicho, que não podem contratar (ou não querem) pagar um seguro completo que cobre roubo, acidentes e incêndio. Segundo Carlos Valle, diretor da Federação Nacional dos corretores de Seguro (Fenacor), o RCF tem proteção restrita e cobre apenas despesas do outro veículo envolvido num acidente. “A vantagem desse serviço é pagar pouco e se livrar de grandes prejuízos. Imagina se você se envolve num acidente com um carro importado e é responsabilizado pelo prejuízo? É uma opção importante contratar o seguro para terceiros porque ele vai cobrir essas despesas”, ressalta o especialista.

Apesar da vantagem aparente, ele lembra que o plano para terceiros é recomendado em situações específicas. O ideal é que seja para donos de carros de valor agregado alto, para clientes que usam pouco o seu veículo e ainda para proprietários de modelos que tenham pouco risco de roubo. Ele lembra o caso de um cliente de um Fiat 500. Numa das cotações, a conta do segurado ficou em R$ 2,6 mil para o seguro total. Como o cliente roda com o carro poucas vezes no mês e o modelo é muito específico - com baixíssimo índice de roubos, ele recomendou a proteção para terceiros e a conta ficou na casa dos R$ 600.

Carlos Valle diz que esses planos incluem serviços de assistência 24 horas que garantem resgate do veículo no caso de pane elétrica ou mecânica, por exemplo. Os corretores lembram que o ideal é incluir na apólice um item chamado verba para indenização de danos morais e pessoais. Isso vai garantir às vítimas do acidente causado pelo segurado a cobertura de gastos com tratamento médico ou indenização por afastamento de trabalho. Mesmo reconhecendo a proteção para terceiros como vantajosa em muitos casos, Valle lembra que essa modalidade nem sempre é a melhor opção. Para carros novos, no entanto, o seguro total é o mais indicado. Diz ainda que, antes de assinar o contrato é imprescindível contar com a ajuda de um corretor de seguros para fazer um bom negócio.

E o mercado de seguros em Pernambuco é vasto. Dados das seguradores estimam que 30% dos quase 3 milhões de veículos cadastrados no Detran-PE possuem algum tipo de seguro. Uma vantagem é que o dono paga bem menos do que numa apólice convencional.

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