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AL têm baixa proteção patrimonial

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

A resseguradora suíça Swiss Re constatou em estudo que a lacuna de proteção patrimonial na América Latina (AL), ou seja, a diferença entre perdas seguradas e totais, cresceu de 75,9% para 82% nas últimas quatro décadas. Segundo o levantamento, que envolveu dez países da região, grande parte desse índice se deve ao risco de catástrofes naturais não seguradas que compreendem desde terremotos até enchentes e períodos drásticos de seca.

Intitulado ‘Lacuna de Proteção Patrimonial na América Latina’, o estudo mostra que a parte não segurada de perdas ocasionadas por catástrofes naturais vem crescendo de forma contínua nos países latinoamericanos. Apesar de enchentes e tempestades corresponderem aos riscos mais frequentes, com 60% e 17% respectivamente, foram os terremotos os responsáveis pela maior parte das perdas – o correspondente a US$ 90,5 bilhões desde 1990, dos quais 83,3% não eram seguradas.

Fatores

“Uma das principais razões para o aumento da exposição a catástrofes naturais na região pode ser atribuída
ao desenvolvimento econômico e urbanização que aumentaram o valor do patrimônio, criando concentrações de risco mais altas”, aponta a Swiss Re. A partir de 2014, a América Latina, segundo a resseguradora, se tornou a segunda região mais urbanizada do mundo, com 80% da população morando em cidades, percentual que pode chegar a 86% em 2050.

Levando-se em consideração  modelagem de riscos sísmicos, o estudo estima ainda que, dentre os US$ 6,9 bilhões em perdas causadas por terremotos na América Latina, cerca  de US$ 6,1 bilhões (88%) equivalem a perdas patrimoniais não seguradas. O país com os maiores prejuízos relacionados a abalos sísmicos é o Chile, com média de US$ 854 milhões anuais no período de 1985 a 2015.

Carteira avança na região

O mercado de seguro patrimonial na América Latina movimentou receita de  US$ 16,9 bilhões em 2014, representando 21,5% dos prêmios “não-vida” na região. A média de crescimento desse segmento ultrapassou 7% reais nos últimos ez anos. O Brasil tem o maior mercado de seguros patrimoniais da região, o segundo maior entre os emergentes e o décimo maior do mundo. No entanto, a penetração desse seguro no País foi de apenas 0,3% em 2014, apesar de ter acumulado mais de US$ 6,5 bilhões em prêmios.

Em contrapartida, o Chile, que alcançou apenas US$ 1,4 bilhão em prêmios em 2014, tem o maior índice de penetração do seguro patrimonial da América Latina (0,53%). Isso ocorre porque o país está altamente exposto a riscos de abalos sísmicos e também possui um setor financeiro bastante desenvolvido.

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