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CNSeg cobra política anticíclica

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Em um cenário de crise econômica, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Marcio Serôa de Araujo Coriolano, julga importante destacar que a atividade de seguros brasileira mantém uma taxa de sinistralidade estável e tem um padrão de solvência “muito forte”. E isso ele considerou uma segurança adicional para o mercado, ao analisar possíveis cenários econômicos dentro de uma visão pan-americana, no 26º Congresso Pan-americano de Produtores de Seguros da Copaprose Brasil 2016, realizado dias atrás no Rio de Janeiro.

“Se não houvesse esse provisionamento, o Brasil estaria sofrendo muito mais. Somos dependentes das políticas governamentais ativas e é nosso dever cobrar do governo políticas anticíclicas, que ajudem a minimizar os efeitos dos ciclos econômicos”, observou, considerando que o setor de seguros ainda está em situação bem melhor que outros, como o da indústria de transformação, de produtos e bens duráveis e da automobilística.

Historicamente, segundo ele, a atividade de seguros tem demonstrado resiliência a crises e pode contribuir decisivamente para viabilizar políticas contracíclicas no continente, com sua capacidade de proteger patrimônios e rendas. “Por se constituir como um grande investidor institucional, o mercado é capaz de carrear poupanças que podem se transformar em investimentos de infraestrutura e outros negócios”, justificou Marcio Coriolano, mencionando em seguida que como o setor é o maior investidor institucional da economia internacional, as atividades protegidas pelo seguro precisam reter menos capital.

Na avaliação do executivo, são requisitos fundamentais para uma nova jornada de crescimento a estabilidade regulatória, a regulação contracíclica, a redução de custos de observância, a ampliação de canais de acesso e a comunicação e educação em seguros.

Incerteza

Marcio Coriolano observou ainda que o faturamento de prêmios no Brasil vem crescendo mais do que a América Latina. Mas voltou a destacar que o País passa por um cenário conjuntural delicado, com projeção de redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,7%, podendo alcançar 4%, e uma taxa de desemprego que pode chegar a 11% até o fim do ano. “Sem dúvidas, o crescimento da renda dos brasileiros na última década ajudou a alavancar o setor de seguros, mas agora vivemos uma grande reversão de expectativas”, disse.

Ele comentou também que o mercado segurador responde de forma desajustada aos ciclos econômicos. Apesar da crise, Coriolano relembrou que o mercado cresceu mais de 11% em 2015, impulsionado principalmente pela saúde suplementar e pelos planos de previdência complementar VGBL e PGBL.

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