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Vendas de seguros de pessoas crescem em ritmo mais lento nos meses iniciais do ano

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

O mercado de seguros de pessoas deu sinais de arrefecimento em janeiro, ao apresentar retração de 1,7%, situação que melhorou em fevereiro, ao exibir expansão de 6,4%. Em 2015, as vendas fecharam o exercício em alta de 7,6%. No primeiro bimestre deste ano, as seguradoras movimentaram receita de prêmios de R$ 4,522 bilhões, apenas 2,4% acima dos R$ 4,414 bilhões cravados no ano passado, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Ao comentar o desempenho das vendas de seguros de pessoas no começo do ano, o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Edson Franco, reconhece que a atividade não está blindada contra os efeitos da retração econômica, daí certas carteiras terem apresentado queda. “Mas, mesmo com o cenário adverso, algumas  modalidades de proteção apresentaram um desempenho positivo”, emenda.

Na linha do crescimento apontada por Edson Franco, destaca-se o seguro de vida, o principal do segmento com parcela superior a 43% do total. O produto, com planos individuais e coletivos, avançou 5% no primeiro bimestre, ao captar  cifra superior a R$ 1,971 bilhão, contra R$ 1,877 bilhão em janeiro e fevereiro do ano passado. Terceiro no ranking, com fatia de 17,7% do faturamento total, o seguro de acidentes pessoais (individual e coletivo), captou prêmios da ordem de R$ 802,3 milhões, mostrando evolução de 3,6%.

No primeiro bimestre, o crescimento mais marcante foi observado no seguro de viagem: 78,3%, aos R$ 46,1 milhões, quantia equivalente, contudo, a apenas 1% do total faturado pelo segmento de pessoas nos dois meses iniciais do ano.

Desemprego

Incremento também significativo foi verificado nos planos de auxílio funeral: 20,2%, com a receita até fevereiro alcançando R$ 72,5 milhões, 1,6% do total do segmento. Já o seguro de desemprego ou de perda renda cresceu 23,5%, um desempenho considerável devido à conjuntura adversa do momento. O ramo, entretanto, tem peso pequeno no segmento de pessoas: 0,2%, com prêmios de R$ 9,9 milhões.

Na mão inversa, cabe destacar o comportamento do seguro prestamista, uma apólice ligada ao consumo e destinada a pagar prestações do tomador de empréstimo em caso de morte, invalidez ou perda involuntária de emprego. O produto despencou 12,3% no primeiro bimestre do ano, aos R$ 1,027 bilhão. Na estrutura no segmento de pessoa, é o segundo maior em faturamento: 22,7% do total. Na avaliação do presidente da Fenaprevi, Edson Franco, o desempenho desse produto foi afetado diretamente pela queda nas vendas do varejo registradas nos últimos meses.

Os dados da Susep mostram também que no primeiro bimestre do ano as seguradoras pagaram, no segmento de seguros pessoas, R$ 1,187 bilhão em indenizações aos segurados, 14% a mais do que no primeiro bimestre de 2015, quando os sinistros atingiram a marca de R$ 1,040 bilhão. “As indenizações proporcionam proteção e garantia para a continuidade dos projetos pessoais e da vida econômica, do segurado e de seus familiares”, diz Edson Franco.

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