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Presidente da Caixa descarta IPO da área de seguros neste ano

Fonte: Valor Econômico

Por Eduardo Campos | Valor

BRASÍLIA - O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, afirmou nesta terça-feira (7) que a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da área de seguros do banco saiu dos planos de curto prazo da instituição.

Segundo Occhi, que falou após participar de evento no Banco Central (BC), o objetivo é tratar do “balcão da Caixa como um todo”.

O presidente do banco lembrou que há um contrato com a francesa CNP Assurances, controladora da Caixa Seguros, que dá exclusividade na venda de seus produtos na rede da Caixa até 2021. Segundo Occhi, existem negociações, mas ainda não há decisão de prorrogar esse prazo. A CNP é sócia da Caixa na área de seguros e conversas recentes sobre uma renovação não avançaram.

“Não se fala de IPO antes de resolver o balcão. Isso os assessores financeiros nos falaram. Então não estamos falando de IPO. Neste ano, não falo mais de IPO. Enquanto não resolver o balcão, IPO é segundo plano”, disse Occhi.

A abertura de capital era um evento aguardado pelo mercado e também seria uma forma de a Caixa levantar capital para manter a expansão da carteira de crédito sem necessitar de aportes do Tesouro.

Sobre o assunto, Occhi disse que estão sendo tomadas várias ações nesse sentido e citou a venda da área de loterias instantâneas, a Lotex, que está sendo coordenada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O presidente da Caixa minimizou o fato de outra iniciativa para levantar capital — a transferência, ao Tesouro, de avais dados pelo banco em operações de crédito de estatais — não ter ido adiante. “Temos várias outras estruturas de capital”, disse.

Conforme informou ontem o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, não deve ir adiante a proposta de o Tesouro assumir avais dados pela Caixa em operações de crédito com estatais, como a Petrobras. A medida, liberaria até R$ 900 milhões em capital.

Ainda de acordo com Occhi, a Caixa definirá e anunciará na próxima semana como será feito o pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O volume máximo de saques seria de R$ 43 bilhões.

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