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Contrato coletivo é porta de acesso para a maioria

Fonte: Valor Econômico
Por Guilherme Meirelles

A porta de entrada dos "millennials" para a contratação de um seguro de vida se dá por dois caminhos: por iniciativa própria, na maior parte das vezes motivado por um acontecimento marcante, ou por estar incluído no pacote de benefícios do empregador, o que é mais comum. Foi o caso da professora Lara Marin, 28, quando há três anos foi contratada por uma escola, no bairro do Paraíso, em São Paulo. "Na época, sequer passava pela minha cabeça contratar um seguro de vida. Hoje, na hipótese de ocupar um novo emprego, seria um ponto importante na negociação", afirma. Casada, sem filhos, a professora admite não conhecer com profundidade as cláusulas da apólice, mas considera a cobertura por invalidez parcial ou permanente a mais relevante para pessoas da sua geração. "Pela idade, nunca pensamos em morte, mas acidentes acontecem e o seguro entra no planejamento", afirma.

Aos 27 anos, o analista de operações André Carletti tem seguro de vida desde que ingressou como estagiário em um banco internacional de investimentos. Hoje, prestes a se casar com sua companheira Bruna, Carletti não abre mão do produto ao vislumbrar o futuro. "Quando entrei no banco, era solteiro e coloquei minha mãe como beneficiária. Assim que casarmos, vou incluir a Bruna. O seguro de vida é um produto que está dentro do nosso projeto de vida em comum. É um componente que deve fazer parte do orçamento", diz.

Segundo Aura Rebelo, diretora de marketing e canais da Icatu Seguros, as adesões compulsórias por meio de contratos coletivos de trabalho representam cerca de 95% dos casos junto aos millenials. "Os casos de iniciativa própria estão relacionados a experiências pessoais marcantes, como, por exemplo, o nascimento de um filho ou a morte repentina de uma pessoa próxima", diz.

Pai aos 22 anos, o administrador fluminense Thiago Oliveira, 32, decidiu fazer um seguro de vida tão logo o filho Lucas completou três anos de idade. "Tomei conhecimento por um amigo e fiz uma apólice, colocando minha mãe como beneficiária", recorda. Ao se aprofundar no assunto, trocou de seguradora e incluiu novas coberturas, como diagnóstico por doença grave e invalidez permanente. A apólice atual oferece indenização de R$ 1 milhão em caso de morte. Segundo Rebelo, a recomendação é estudar os produtos ofertados e buscar a melhor relação custo-benefício com maior número de coberturas.

Embora se considere saudável e sem histórico familiar de doenças graves, o administrador e professor José Failace, 31, optou há quatro anos por contratar um produto com amplo leque de coberturas, como pagamento de despesas hospitalares e diagnóstico de doenças graves. "Pensei na minha mãe, hoje com 65 anos, e no meu irmão, de 24 anos, que ainda não se formou na faculdade. Viajo muito e o risco de acidentes é uma realidade." O prêmio anual é de R$ 1,6 mil.

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