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BB Seguridade deve ter queda no lucro, dizem analistas

Fonte: Valor Econômico
Por Daniela Meibak | De São Paulo

A holding de seguros BB Seguridade, do Banco do Brasil, deve apresentar números mais fracos no segundo trimestre de 2017, com resultado financeiro menor e contração na subscrição de prêmios. A média das estimativas de BTG Pactual, Credit Suisse, Itaú BBA, J.P. Morgan e Morgan Stanley aponta para um lucro de R$ 1,033 bilhão, 5% menor do que o obtido um ano antes. O balanço será divulgado na segunda-feira.

Entre as casas, o BTG Pactual é o mais otimista, ao esperar lucro de R$ 1,084 bilhão, estável na comparação anual, enquanto os mais pessimistas são o Credit Suisse, com projeção de R$ 999 milhões (recuo de 8,1%), e Itaú BBA, com R$ 1 bilhão (perda de 8%).

O Itaú BBA afirma que apesar do efeito positivo das metas de venda dos gerentes do BB, o resultado financeiro deve surpreender negativamente, assim como os efeitos da fraca expansão do portfólio do banco, o que deve levar a uma contração da subscrição de prêmios.


"O resultado financeiro deve continuar como o principal vilão no resultado, devido aos efeitos da queda da taxa de juros nos investimentos da seguradora", afirma a equipe do analista Thiago Bovolenta Batista, em relatório.

O J.P. Morgan acredita que as taxas de juros ainda relativamente altas no trimestre não devem prejudicar totalmente o balanço, mas destaca a desaceleração nas contribuições na previdência, via Brasilprev, e da desaceleração do ramo de vida e as dificuldades enfrentadas no seguro prestamista.

A casa de análise cortou a estimativa de lucro para o trimestre de R$ 1,04 bilhão para R$ 1,01 bilhão e a projeção para o ano ficou 1,2% menor, em R$ 4,1 bilhões. Os números para 2018 foram mantidos.

"No entanto, vemos a projeção de crescimento de 10% no lucro por ação de 2018 ainda mais difícil para a BB Seguridade, dada a fraca originação recente", afirma Domingos Falavina, em relatório.

O Credit Suisse afirma com base em dados da Susep que as contribuições aos fundos de previdência recuaram 45,7% em junho, na comparação anual. Além disso, os prêmios subscritos caíram 6,5% para seguro de vida, 28,4% no prestamista e 2,7% no rural. "Enquanto os resultados mensais estão sujeitos à volatilidade, os números do primeiro semestre indicam dificuldade na venda dos principais seguros que dependem da rede de distribuição do Banco do Brasil."

Para o Credit Suisse, os números da Susep apontam para um lucro líquido de R$ 999 milhões no segundo trimestre, 2,4% abaixo do consenso e 5,8% abaixo da projeção anterior da casa. "Diante do fraco desempenho operacional do negócio, aderimos à nossa posição mais cautelosa, apesar dos preços descontados das ações."

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