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Porto Seguro lucra R$ 235,7 milhões no 2º trimestre, alta de 36,4%

Fonte: Valor Econômico
Por Daniela Meibak | Valor

SÃO PAULO - A Porto Seguro registrou no segundo trimestre um lucro líquido de R$ 235,7 milhões, crescimento de 36,4% na comparação anual.

O resultado foi favorecido pelo benefício fiscal referente ao pagamento da primeira parte de juros sobre capital próprio no valor de R$ 243 milhões. Desconsiderando esse efeito, o lucro do trimestre seria 1% menor na comparação anual.

As demonstrações mostram que a cobrança de imposto de renda e contribuição social recuou 80% e somou R$ 26,5 milhões nos três meses até junho.


As receitas somaram R$ 4,14 bilhões no mesmo período, uma melhora de 5,3%, enquanto as despesas ficaram em R$ 4,07 bilhões, alta de 3,6%.

O total de prêmios auferidos foi de R$ 3,5 bilhões no segundo trimestre, expansão de 3,9%. Os prêmios do ramo de automóveis subiram 4,1%, na área patrimonial avançaram 5% e, em saúde, 7,1%.

“O foco na recomposição das margens proporcionou uma melhora na operação de seguros, resultando em um menor índice combinado. Além disso, os negócios financeiros e serviços obtiveram aumento da rentabilidade”, explica a companhia no relatório da administração.

O resultado financeiro recuou 36,5%, passando para uma receita líquida de R$ 197,3 milhões. Segundo a companhia, a queda é decorrente da redução do CDI médio em 24% e do menor desempenho das aplicações financeiras (ativos de juro real mais inflação e renda variável), afetados pelas incertezas no cenário político e pela queda acentuada da inflação. A rentabilidade trimestral da carteira, excluindo previdência, foi de 2,1% (82% do CDI) no trimestre.

A sinistralidade total saiu de 58% no segundo trimestre de 2016 para 55% no mesmo período deste ano, com queda em todos os negócios. O recuo foi de 1,3 ponto percentual em automóveis, 4,3 pontos em patrimonial e 6,8 pontos em saúde.

O índice combinado — que mede a eficiência operacional da seguradora e, quanto menor, melhor — passou de 100,1% para 97,6%.

Automóveis

O segmento de automóveis da Porto Seguro ainda sofre com o cenário competitivo e com a recessão econômica, influenciando principalmente na frota segurada, que reduziu 3% no segundo trimestre de 2017 perante um ano antes.

A companhia, no entanto, conseguiu melhorar o desempenho do ramo com reajustes praticados, levando ao aumento de prêmios e melhoria na sinistralidade.

Além do prêmio total do segmento de automóvel ter avançado 4%, a sinistralidade melhorou 1,3 ponto percentual ante o segundo trimestre de 2016, mesmo com aumento dos roubos em regiões como nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

As marcas que mais tiveram retorno foram Itaú e Azul Seguros. Na primeira, os prêmios subiram 11% e a sinistralidade recuou 3,1 pontos percentuais. Para Azul, os prêmios avançaram 10% e a sinistralidade permaneceu estável, com aumento de só 0,1 ponto.

Já a marca Porto Seguro teve uma redução de 2% nos prêmios, influenciada pela queda 5% da sua frota segurada, enquanto a sinistralidade fixou 1,3 ponto menor, decorrente dos reajustes tarifários realizados para melhorar a rentabilidade do produto.

Previdência

A captação bruta de produtos de previdência da Porto Seguro atingiu R$ 249 milhões no segundo trimestre, incremento de 71% na comparação anual. A melhora é explicada pelo aprimoramento de produtos, interfaces e processos.

Já a captação líquida atingiu R$ 138 milhões, alta de 207,1% na mesma base de comparação, revertendo um cenário menos favorável no ano anterior, segundo a empresa.

Os ativos sob gestão atingiram R$ 4,4 bilhões no fim do trimestre, crescimento de 25%.

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