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Uma verdade não dita

Por Érico Melo

A matéria "Bradesco Seguros busca venda cruzada para crescer" publicada no Valor Econômico na sexta-feira, 29 de setembro, com o presidente da maior seguradora da América Latina, Octavio de Lazari Junior, que tem como slogan 100% corretor, caiu como uma bomba na corretagem de seguros, diante da afirmativa de que a companhia irá investir em tecnologia com "a ideia que o cliente possa se servir e não precise perder tempo procurando um corretor".

É verdade que o presidente da seguradora não fez diretamente essa afirmativa, mas também é verdade que a seguradora, e não somente ela, vai investir cada vez mais em tecnologia para estreitar os laços com o cliente, enquanto desidrata o papel do corretor de seguros na relação, o que é fundamental para o futuro da profissão.

Há tempos que o corretor de seguros é a mola propulsora do setor de seguros, com uma atuação marcante principalmente no ramo automóvel, mas também é verdade que diversos outros ramos são negligenciados pela categoria e é aí que começa o dilema das seguradoras: em qual momento elas poderão descartar a intermediação do corretor e lançar vendas diretas para esses produtos ou mesmo para todo o seu mix?

Muitos de nós ainda acredita que a tecnologia não será suficiente para que sejamos descartados, e isso pode até ser verdade, mas não apostaria nisso. Com isso não estou afirmando que é o que irá ocorrer, mas é uma possibilidade, uma possibilidade factível.

Temos um desafio, não um desafio futuro, mas um desafio presente, o de mostrarmos o valor do nosso trabalho, o quanto trazemos de benefícios, sejam eles em serviços ou financeiros, ao cliente, e isso tem tudo a ver com a forma com que nos comunicamos, tanto com eles como também com toda a sociedade.

O presidente da Bradesco Seguros pode não ter dito, como não disse realmente, mas existem muitas verdades que não estão sendo ditas mas que florescem nas mentes e ações regadas a bilhões de reais investidos em tecnologia.

2 comentários:

  1. Bradesco Seguros, com apoio do corretor já é um inferno resolver, imaginem o que faram com o coitado do segurado.
    Exemplo que ocorreram comigo:
    Seguro Cond. pago em dia e cancelado por falta de pagamento, enviei os comprovantes, reconheceram o engano, e estou a quase dois meses aguardando reabilitação.Imaginem a satisfação do segurado, que por sorte minha é antigo na carteira.
    Seguro Auto- Segurado com carro na garantia o Bradesco não autorizou o serviço na concessionária, apos longa "briga" consegui o serviço liberado, mas o segurado teve de pagar todo o serviço, para apos 15 dias ser ressarcido.
    Beleza de seguradora! Só faço Bradesco se o segurado quiser e mesmo assim tenho conseguido convencer, explicando: "QUALQUER PROBLEMA, NÃO DIGA QUE EU NÃO AVISEI "

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  2. A bem da verdade aquele executivo não falou mal do Corretor de Seguros: ele planeja (isto sim e há tempos) acabar com a intermediação e a prestação de serviços da nossa categoria perante o público consumidor. No mais, faço minhas as palavras do colega acima: se com o Corretor já é esse "i n f e r n o", imagine sem.

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