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RJ: Seguro fica quase 400% mais caro na Zona Norte

Fonte: Extra

O seguro de veículos pode sair até quase 400% mais caro para um morador da Pavuna, na Zona Norte, do que para um de Copacabana, na Zona Sul. É o que mostra pesquisa feita pela Bidu Corretora, especializada na comparação de preços de seguro, a pedido do “Globo”. O motivo é o aumento de roubos de carros no Rio e na Região Metropolitana, que fez com que os preços disparassem e as seguradoras até deixassem de oferecer coberturas para novos contratos em algumas regiões, segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais.

A comparação foi feita para endereços em seis bairros (Pavuna, Copacabana, Rocha Miranda, Tijuca, Méier e Barra) e teve como base os modelos de veículos mais visados por bandidos, de acordo com último Índice de Veículos Roubados, divulgado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

— O incremento da criminalidade em certas regiões aumenta a probabilidade de sinistros nestas áreas e, portanto, tem impacto considerável no preço das apólices. Além de cotar com diversas seguradoras, nossa recomendação é que o consumidor defina qual é o melhor produto para as suas necessidades entre as diversas opções disponíveis no mercado, desde coberturas compreensivas até alternativas mais econômicas, como é o caso do rastreador com seguro, por exemplo, que vem crescendo, em particular em áreas de maior risco — afirma Rodolpho Gurgel, CEO da Bidu.


O preço médio do seguro de um Hyundai HB20, que lidera a lista de roubos, para um morador da Pavuna, por exemplo, seria de R$ 6.125,79, enquanto alguém residindo em Copacabana pagaria R$ 2.094,82 — uma diferença de R$ 4.030,97, ou seja, 192% a mais. Quem mora em Rocha Miranda teria que desembolsar R$ 5.362,08 e quem mora na Tijuca, que pagaria R$ 4.364,85. Na Barra da Tijuca, a cotação ficaria um pouquinho melhor: R$ 3.052,35. Veja ao lado as simulações para outros modelos de carro.

Além do aumento do valor do contrato, as seguradoras já estão se recusando alguns clientes que vivem na Pavuna, Manguinhos, Sampaio e Rocha Miranda, onde são registrados altos índices de roubos de veículos. Para o Procon-RJ, a prática é abusiva.

“O Artigo 39, inciso IX, do Código de Defesa do Consumidor estabelece como prática abusiva a recusa da venda de bens e serviços a quem se disponha a pagar por eles, exceto em casos regulados por leis especiais. O consumidor que tiver esse problema deve procurar os órgãos de defesa do consumidor”, diz trecho da nota.

Quanto à diferença dos valores, o órgão afirma que as seguradoras trabalham com risco. Ou seja, quanto maior ele for, mais caro o seguro será. O Procon lembrou ainda que não há lei que regule preços no Brasil.

Em agosto, a cada dez minutos, um carro foi roubado no estado do Rio. Naquele mês, houve aumento de 51,6% no número de casos em comparação com o mesmo período do ano passado: um salto de 3.041 para 4.613 roubos.

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