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Alimentos são a maior preocupação em seguros

Fonte: Valor Econômico

Por Denise Bueno | Para o Valor, de São Paulo

O seguro para lojistas de shopping centers pode custar até 60% menos do que os de lojas de rua, informa Tulio Carvalho, superintendente executivo do grupo segurador BB e Mapfre. A lógica é simples: quanto menor o risco, menor o preço. Segundo ele, o índice de acidentes no segmento de shopping é baixo, o que permite que as seguradoras tenham margem técnica para ganhar clientes com uma proposta comercial diferenciada.

No entanto, os descontos são para aqueles que investem em segurança. José Carlos Cardoso, presidente do IRB Brasil RE, ressalta que os preços e franquias desses seguros são baseados na qualidade do risco. "É fundamental que os administradores de shoppings invistam em manutenção, gerenciamento do risco e planos de contingência e procedimentos de prevenção e combate a sinistros".

As coberturas mais contratadas são as básicas de incêndio, explosão, danos elétricos e de responsabilidade civil, principalmente para os carros nos estacionamentos. Outras são facultativas, como cobertura para administradores (D&O), garantias judiciais e também para riscos cibernéticos, enumera o vice-presidente Marcelo Homburger, vice-presidente da corretora Aon.


Sidney Cezarino, diretor da Tokio Marine, explica que as lojas contratam seguros para cobrir danos a mercadorias e instalações, já que as edificações estão amparadas no seguro contratado pelo shopping center. O seguro de responsabilidade civil é demandado por ambos. "Os lojistas estão cada dia mais conscientes de outros riscos, como danos que podem ser causados por pequenas obras no local", diz.

A disputa é tão acirrada que as seguradoras passaram a ofertar produtos segmentados. Eduardo Dal Ri, vice-presidente da SulAmérica, conta que a seguradora oferece coberturas específicas para 15 tipos de negócios, de pet shops a lojas de roupas.

A área de alimentação é a que mais preocupa as seguradoras, afirma Cristian Achurra, gerente de seguro empresarial da AIG Brasil, mas o risco vem melhorando com o investimento dos empreendimentos em sistema de detecção de vazamento e acionamento de equipamentos como sprinklers e treinamento de brigadistas.

Depois de alguns acidentes ocorridos no passado com incêndio e danos causados pela natureza, muitos empresários passaram a pesquisar mais sobre seguro, comenta o consultor Mario Simonini Sobrinho, diretor técnico da Análise Corretora de Seguros e Riscos.

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