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Disciplina na subscrição é fundamental para seguradoras brasileiras

Fonte: Revista Cobertura

As seguradoras brasileiras aumentarão o foco na disciplina na subscrição para compensar resultados financeiros menores à medida que as taxas de juros caem, afirma a Moody’s Investors Service em um novo relatório.

Nos últimos anos, com taxas de juros consistentemente acima dos dois dígitos, a rentabilidade das seguradoras permaneceu sólida sustentada, em grande parte, pelo resultado financeiro. Há uma forte correlação entre os rendimentos dos investimentos das seguradoras e as taxas de juros no Brasil, uma vez que os portfólios de investimentos são altamente concentrados em títulos do governo brasileiro pós-fixados.

Daqui em diante, à medida que os juros tendem a se estabilizar no patamar de um dígito, a Moody´s espera que as seguradoras foquem nos resultados de subscrição, fortalecendo políticas e controles, para manter os retornos sobre capital.

Ao mesmo tempo, conforme a inflação retrocede, o menor crescimento das despesas e dos custos aliviarão a pressão sobre os resultados de subscrição, melhorando a rentabilidade das seguradoras. De um modo geral, quando a inflação é baixa, as seguradoras brasileiras têm mais condições de repassar aumentos de preços aos consumidores, de acordo com a Moody´s.

Embora as seguradoras possam investir em classes de ativos de maior retorno esperado (como títulos corporativos e ações, por exemplo) para reduzir os efeitos da compressão de margens, uma estratégia que melhoraria a diversificação dos investimentos, isto também provavelmente levaria a uma piora na qualidade dos ativos.

Além disso, uma menor exposição a títulos do governo brasileiro enfraqueceria a liquidez das seguradoras. Por fim, uma mudança de alocação de investimentos que foque em ações ou em outros investimentos alternativos aumentaria a volatilidade sobre o resultado financeiro, enfraquecendo assim o perfil financeiro geral das seguradoras.

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