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Caixa Seguridade tem lucro 14% maior no trimestre, perto de R$ 359 mi

Fonte: Valor Econômico 

SÃO PAULO  -  A Caixa Seguridade informou que teve lucro líquido de R$ 358,8 milhões no terceiro trimestre, alta de 14,0% na comparação com o mesmo período de 2017. A receita operacional avançou 13,8%, a R$ 426,3 milhões.

Segundo a companhia, o aumento no lucro do trimestre é consequência do crescimento das receitas de investimentos em participações societárias (MPE), de 13,2%, a R$ 273,4 milhões. Essa expansão, por sua vez, decorreu da revisão de provisões realizadas na Caixa Seguradora, especificamente no seguro habitacional.

Já as receitas de acesso à rede de distribuição e uso da marca (BDF) avançaram 15%, a R$ 152,9 milhões. As despesas operacionais aumentaram 30%, a R$ 29,4 milhões.

Ao fim do terceiro trimestre, a participação de mercado da Caixa Seguridade era de 10,2%, 2,1 pontos percentuais a mais se comparado com o mesmo período do calendário anterior.

O retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 33,7%, de 36,3% no segundo trimestre e 34,1% no terceiro trimestre de 2017.

Caixa Seguradora

Do total de receitas da Caixa Seguridade com participações societárias, 95,7% vieram da fatia na Caixa Seguradora. Os prêmios emitidos pela Caixa Seguradora ficaram em R$ 1,571 bilhão no terceiro trimestre, com alta de 4,2% na comparação anual. A principal linha, que é o seguro habitacional, cresceu 2,1%, a R$ 600,0 milhões.

Segundo a companhia, o resultado do ramo habitacional foi beneficiado por uma reversão de provisão técnica. Seguindo exigência do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a Caixa Seguradora efetuou um teste de adequação dos passivos.

“Nos testes foi encontrada insuficiência em apenas um grupo de seguro habitacional, o que gerou uma provisão de R$ 908,8 milhões dentro da Provisão Complementar de Cobertura (PCC), conforme estabelece a legislação. Em função de nova legislação Susep, foi realizada no terceiro trimestre a compensação, entre todos os ramos, de eventuais insuficiências com as suficiências encontradas”, diz o relatório da administração. Essa reversão da provisão não afeta os prêmios emitidos, mas altera o resultado de prêmios ganhos.

O índice de sinistralidade ficou em 21%, após 27,1% no segundo trimestre e 36% no terceiro trimestre de 2017. Já o índice combinado - quanto menor, melhor - ficou em 52,6%, ante 60,4% e 70,4%, respectivamente.

O resultado financeiro da Caixa Seguradora foi de R$ 100,1 milhões enre julho e setembro, com queda de 18,7% na comparação anual. “Esse movimento ainda é efeito da queda da taxa de juros ao longo do ano, mas que está arrefecendo com a estabilização da curva de juros e que poderá ser revertida caso a expectativa de elevação dos juros para o próximo ano se confirme”, afirma a seguradora.

CNP Assurances

No terceiro trimestre, a Caixa Seguridade concluiu a renegociação da sua parceria com a francesa CNP Assurances. Para manter por mais 20 anos a exclusividade na exploração dos ramos de seguro de vida e prestamista e os produtos de previdência, a CNP pagará à Caixa Seguridade R$ 4,65 bilhões.

“Na nova parceria, a Caixa Seguridade terá um melhor nível de governança, alinhado às novas regulamentações sobre participações de empresas públicas e a relevância do seu investimento”, diz a empresa.

Para os demais ramos (seguro habitacional e carta de crédito, auto e riscos patrimoniais) que não foram renovados com a CNP, a Caixa Seguridade fará um processo seletivo para escolha de novo parceiro. “Desde a assinatura dos acordos, a Caixa Seguridade trabalha com seus assessores na atualização dos números e da estratégia para a retomada do processo competitivo dos demais ramos e para a construção do processo da co-corretora”, diz o balanço.

Em setembro, o Valor mostrou que a seguradora queria escolher o novo parceiro ainda este ano. De 40 grupos globais que se enquadram nas exigências feitas pela Caixa, dos quais 14 assinaram o acordo de confidencialidade para poder participar da disputa.

Nas negociações com a CNP, a Caixa contou com a assessoria do Banco do Brasil (BB) e do Credit Suisse.

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