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Produtor investe e garante ano bom para seguradoras

Fonte: Estadão

As seguradoras festejam os resultados obtidos em 2018 com produtos para a agropecuária. A maior demanda é por seguro agrícola, modalidade de proteção de lavouras contra prejuízos causados pelo clima ou receita abaixo do esperado. “Como a demanda em geral foi crescente, podemos avançar mais de 20%”, conta Joaquim Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). 

Em 2017, as companhias faturaram R$ 4,12 bilhões com produtos para o campo. Neste ano, até setembro, mês com os últimos dados disponíveis, o montante das vendas de seguro agrícola, de penhor de bens e benfeitorias, entre outras categorias, chegava a R$ 3,4 bilhões, mais de 15% acima de igual período do ano passado. Se a expectativa se confirmar, o setor fechará dezembro com um valor anual próximo de R$ 4,9 bilhões. 

De vento em popa

Joaquim Neto diz que produtores têm investido mais na qualidade da lavoura, o que aumenta o interesse pelas apólices. Investimento em maquinário também puxa as vendas, já que um dos requisitos para obter financiamento é segurar o bem. Para 2019, é esperado um crescimento de 20% na receita com seguro agrícola, especificamente, já que o governo deve ampliar para R$ 430,5 milhões os recursos para custear parte da apólice ao produtor - ante R$ 386 milhões em 2018. O porcentual subvencionado, entretanto, deve cair para 30% a 40% do valor do seguro, sendo que este ano foi de 35% a 45%. “Com isso, mais produtores devem conseguir contratar”, diz Joaquim Neto.  

Tira daqui, põe lá

Ainda sobre o tema, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) não conseguiu convencer a Comissão Mista de Orçamento do Congresso a somar R$ 150 milhões aos R$ 430,5 milhões já previstos para 2019. Por outro lado, obteve R$ 160 milhões extras, além dos R$ 25 milhões prometidos, para a defesa agropecuária. Mas a entidade não se dá por vencida. “Se o governo consentir que dá para rearranjar parte do orçamento do crédito ou outras áreas para o seguro, é possível aumentar”, diz Fernanda Schwantes, assessora técnica da CNA.  


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