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Sem demanda de estrangeiro BMG decide suspender IPO

Fonte: Valor Econômico

O banco mineiro BMG decidiu adiar a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que teria o preço definido ontem, devido à baixa demanda dos investidores estrangeiros pelos papéis da instituição financeira, confirmou uma fonte próxima da operação ao Valor. Não há previsão ainda para a retomada do processo.

A ideia do banco era captar R$ 2 bilhões com uma oferta primária e secundária de ações preferenciais, para acelerar os projetos que estão em andamento, entre eles o banco digital. Agora, o banco manterá o ritmo, com investimentos dos recursos que possui em caixa.

A instituição já havia conseguido metade do valor da oferta no mercado interno, mas não conseguiu convencer os investidores estrangeiros a participar com a outra metade.

A seguradora italiana Generali, por exemplo, com a qual o banco tem uma parceria para a distribuição de apólices em sua rede, foi contatada há 15 dias para participar da oferta, mas afirmou que não daria tempo de aprovar internamente o processo ainda neste ano.

"O mercado brasileiro comprou a ideia da oferta e confirmou a ordem para adquirir as ações", disse a fonte, que preferiu não ser identificada. "Mas o mercado externo, em função do momento que está vivendo, não conseguiu nesse curto espaço de tempo ser convencido de que a hora é agora."

O preço estabelecido para a oferta estava entre R$ 11 e R$ 14 por ação, mas a fonte afirmou que a demanda estava no piso. O banco seria avaliado em R$ 7 bilhões, enquanto os controladores, a família Pentagna Guimarães, resistiram a fazer a oferta a um valor abaixo de R$ 9 bilhões.

O processo para um possível IPO começou há três meses, quando o BMG foi procurada por dois bancos de investimento. Desde então, os executivos do BMG fizeram visitas a 148 investidores no Brasil e no exterior.

Segundo os dados que têm sido apresentados pelo BMG aos investidores, os resultados devem melhorar: a rentabilidade, hoje em 13%, deve estar entre 20% e 25% no ano que vem e no próximo. O Valor apurou que uma das apostas do BMG está no banco digital, que já está sendo desenvolvido e que terá capacidade de abrir 1 milhão de contas por ano.

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