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Austral Re e Terra Brasis criam segunda maior resseguradora do país

Fonte: Valor Econômico 


Por Flávia Furlan | De São Paulo

As resseguradoras Austral Re, controlada pela Vinci Partners, e a Terra Brasis, do grupo Brasil Plural, aprovaram uma fusão que dá origem à segunda maior resseguradora do país, atrás do líder de mercado IRB. Conforme o Valor havia adiantado em abril, não houve desembolso de valores, apenas troca de ações.

O acordo precisa ainda passar por aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A Vinci Partners terá o controle da nova empresa, com 62% das ações. Os controladores originais da Terra Brasis ficam com 20% e o International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, com 18%. O IFC já detinha 19,5% da Austral e 15% da Terra Brasis.

No conselho de administração, a Vinci ocupará três assentos e os demais acionistas terão um. Bruno Freire, que era presidente da Austral Re, será o CEO da nova empresa, que não tem ainda um nome. Rodrigo Botti, então presidente da Terra Brasis, será diretor financeiro.

A empresa nasce com um total de mais de R$ 672 milhões em prêmios brutos, ainda bem distante do IRB, que tem uma soma de R$ 4,6 bilhões, considerando dados do ano passado.

Os ativos totais ficam em R$ 1,6 bilhão, enquanto o patrimônio líquido está em R$ 387 milhões. "Ambas empresas acreditam na estratégia de diversificação dos negócios, para diluir o risco da operação", disse Freire ao Valor.

Para o executivo, a nova empresa enxerga oportunidade de forte crescimento em áreas como o seguro rural - cujo resseguro o governo quer repassar ao setor privado -, o seguro de pessoas, principalmente em vida, e os seguros emergentes como os de riscos cibernéticos. "Acreditamos também que, aprovada a reforma da Previdência, a economia volte a crescer, e tenhamos mais investimento em infraestrutura em 2021 e 2022", afirmou Freire.

Austral Re e Terra Brasis mantinham uma estratégia de expansão internacional, mais precisamente na América Latina. Enquanto a primeira estava focada em Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile, a segunda estava concentrada em Equador, Peru, México e Panamá, além de deter um escritório na Colômbia, que será mantido.

De acordo com Freire, juntas as seguradoras terão um patrimônio mais parrudo para fazer frente a um mercado que deve se expandir. "Temos plano de crescimento e, para isso, traremos mais capital. Nesse contexto, o IPO (oferta primária de ações) é uma possibilidade."

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