CNP vê prêmios crescerem 10,9% no Brasil e prioriza acordo com Caixa
SÃO PAULO - A seguradora francesa CNP Assurances registrou lucro de 687 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019, com alta de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os prêmios emitidos cresceram 3,6%, para 17,6 bilhões.
No Brasil, onde opera por meio da Caixa Seguradora, em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), a CNP teve 3,173 bilhões de euros em prêmios no primeiro semestre, uma alta de 10,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Desconsiderando a variação cambial, o crescimento teria sido de 16,2%.
“Na América Latina, tivemos um crescimento impressionante, superando a média do mercado para nos tornamos a terceira maior seguradora do Brasil”, diz a CNP. Segundo a companhia, a participação de mercado da Caixa Seguradora subiu de 9,9% no fim de 2018 para 11,4% em junho.
De acordo com a companhia, o desempenho da Caixa Seguradora foi impulsionado pelo segmento de previdência privada, em meio à tramitação da reforma da Previdência. A CNP diz que houve uma leve piora nas margens, como resultado da mudança no mix de produtos, apesar do crescimento dos volumes.
A CNP colocou entre as suas prioridades estratégicas alavancar sua posição no Brasil e expandir a presença na América Latina. Entre os tópicos, a companhia pretende “renovar os acordos de distribuição colocados em leilão pelo nosso parceiro bancário, a CEF”, além de assinar novos acordos com outros players e explorar motores de crescimento regional.
Em agosto de 2018, a Caixa anunciou uma renovação do seu acordo com a CNP, para alguns ramos, até 2041, pelo que receberia R$ 4,6 bilhões. Entretanto, o acordo não chegou a ser assinado e o novo presidente do banco, Pedro Guimarães, decidiu rever alguns pontos quando assumiu. Por isso, até agora a questão está em aberto.
No seu balanço, a CNP aponta que ainda mantém uma estratégia de hedge cambial, relacionada com o possível pagamento que fará à Caixa para renovar a parceria. Ao fim do primeiro semestre de 2019, esse hedge era de 54 milhões de euros, ou R$ 2,4 bilhões.
(Álvaro Campos | Valor)
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