Qual a importância do seguro de vida? Respondemos 7 perguntas sobre o produto
Qual a importância do seguro de vida? Qual a diferença entre seguro de vida e seguro contra acidentes pessoais? Essas e outras dúvidas respondemos aqui.
O que seus dependentes fariam caso você morresse? Ninguém gosta de pensar nessa possibilidade, mas o ditado já diz: o seguro morreu de velho. E contratar um seguro de vida é um passo importante para não só para se prevenir contra imprevistos, mas também organizar sua vida financeira. |
Por isso, preparamos essa SpaceDicarespondendo algumas das perguntas mais comuns acerca desse produto. Confira as explicações de Bruno Kelly, professor da Escola de Negócios e Seguros (ENS).
1. O que é seguro de vida?
Por definição, seguro de vida é qualquer apólice que garanta indenização em caso de morte. Assim, há a garantia de que os dependentes continuem recebendo uma quantia mensal para suas despesas mesmo após a morte de seu patrocinador.
Mas o contrato desse produto pode ir muito além, como explica o professor Bruno Kelly. “Varia de acordo com o tipo de cobertura, mas os sinistros podem incluir invalidez por acidente ou doença, além de despesas médicas e de internação”.
Além disso, para profissionais liberais, o seguro de vida pode dar proteção contra acidentes que impossibilitem temporariamente a execução das funções profissionais.
2. Qual a importância do seguro de vida?
“As pessoas têm uma visão totalmente equivocada do produto”, aponta Bruno. “O objetivo não é deixar a viúva rica, mas sim ajudar na reestruturação da vida familiar após a morte de um ente querido, evitando desconfortos financeiros”.
Esse tipo de seguro também é importante para ajudar com despesas decorrentes do falecimento, como a elaboração do inventário, que pode ser demorada e cara. “Mais do que isso, os herdeiros vão ter de pagar impostos sobre a transmissão do patrimônio e advogados, e a indenização auxilia nesse processo”, explica o professor.
3. Qual a diferença entre seguro de vida e seguro contra acidentes pessoais?
O seguro contra acidentes pessoais é mais limitado que o seguro de vida. Enquanto o primeiro cobre qualquer tipo de sinistro que leve à morte, o segundo só vale para o falecimento em certas circunstâncias.
“Se a morte ocorrer por um ataque cardíaco, por exemplo, e eu tiver seguro contra acidentes pessoais, minha família não vai receber um centavo”, exemplifica o professor Bruno. Isso acontece porque a causa do óbito é doença, e não um acidente.
4. O seguro de vida pode ser utilizado em vida?
Pode parecer estranho, mas você pode, sim, usar o seu seguro de vida — e não deixá-lo para terceiros quando você se for. “Hoje em dia, há produtos com viés financeiro, que permitem resgate”, aponta o especialista.
Esse tipo de apólice funciona como as tradicionais, com o pagamento mensal por parte do segurado. Com o rendimento de uma taxa predeterminada ao longo deste tempo, é possível retirar o dinheiro após o fim do contrato.
Mas é importante ficar atento, como explica o professor Bruno. “A maioria dos seguros de vida não têm esse caráter, principalmente os oferecidos pelos bancos, os maiores vendedores desse produto”. Por isso, caso você opte por essa possibilidade, é essencial deixar claro para o seu corretor.
5. Há limite de idade para contratar seguro de vida?
Não há uma regra geral que estabeleça um teto para contratar a cobertura, mas as seguradoras o fazem por questões operacionais, afirma o especialista. “É necessário que haja o pagamento por tempo necessário para amortizar as indenizações”.
Por isso, pessoas mais velhas podem ter dificuldade de obter uma apólice. “Mesmo se a companhia aceitasse, seria necessário pagar o montante total num curto período de tempo, encarecendo muito as prestações mensais”.
6. O que é seguro de vida impenhorável?
Ter um seguro de vida impenhorável significa que a indenização não poderá ser utilizada para o pagamento de dívidas, e deve servir para garantir a estabilidade financeira dos familiares.
“Mesmo que o falecido esteja inadimplente e morra, o valor não pode ser penhorado por bancos”, conta Bruno Kelly.
7. E seguro de vida prestamista?
Esse tipo de produto também tem a ver com dívidas, mas, ao contrário do impenhorável, a família e os credores saem com suas necessidades supridas.
“Se há morte no meio do pagamento de um financiamento de apartamento, por exemplo, o prestamista deixa o imóvel para os parentes, livre de qualquer ônus”, explica o professor.
Ao mesmo tempo, a seguradora tem a obrigação de arcar com o pagamento dos saldo devedor contraído pelo segurado em vida e finalizar as parcelas do imóvel.
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