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Distribuição de seguros avança com plataformas

Fonte: Valor Econômico

Companhias apostam em novos canais para chegar a clientes

Menezes, da Ifaseg: “Abrimos um caminho novo para distribuição e consumo” — Foto: Divulgação


O potencial de crescimento do mercado de seguros no Brasil abre espaço para novos canais de vendas de produtos, como as plataformas multisseguradoras. O modelo permite que qualquer empresa ou entidade possa comercializar proteções de diferentes companhias para a sua base de clientes com marca própria. 


Esse é o caso, por exemplo, da corretora Ifaseg, que montou uma plataforma “white label” para a empresa de segurança eletrônica Peter Graber. 


“Por meio dessa plataforma, abrimos um caminho novo para distribuição e consumo de seguros por organizações não tradicionais”, diz o diretor da Ifaseg, Waldir de Menezes. Na parceria com a Peter Graber, serão oferecidos seguros que tenham integração com serviços de portaria remota, com uma linha de produtos voltada para apartamentos. Isso inclui proteção contra vazamentos de água, incêndio, danos elétricos, e roubos de bens. Também oferece acesso a serviços de eletricistas, encanadores e chaveiros. Ao longo do ano estão previstos lançamentos de outros produtos. 


A organização realiza a oferta diretamente aos clientes, enquanto a administração do seguro por meio da plataforma é feita pela Ifaseg. “Estão no nosso radar alguns tipos de butiques financeiras e e-commerces que entendemos que são inovadores, além de um parceiro do mercado de mobilidade”, afirmou. 


Com a transformação em curso no setor, novas plataformas devem surgir. “Já lançamos diversos marketplaces e nos próximos meses serão mais cinco ou seis. Se a empresa fizer um estudo muito bem afinado de produto com seu público, o sucesso é garantido. Não adianta colocar qualquer oferta sem atender a necessidade do cliente”, afirma o cientista de dados da insurtech Suthub, Marcos Watanabe. Questões como faixa de renda e idade devem ser considerados, enumerou o especialista. Para um público mais voltado para classes C e D por exemplo, o foco maior devem ser as assistências para automóveis ou animais de estimação. 


Há casos de marketplaces mistos que também oferecem outros produtos além de seguros. “É possível oferecer crédito, serviços digitais como recarga de celular. Tudo depende da estratégia de engajamento que se quer colocar no canal. Há marketplaces com dez a 12 produtos diferentes e seguem crescendo”, diz Watanabe. 


O mercado segurador tem atraído o interesse das plataformas de investimentos, que se voltaram inicialmente para segmentos de previdência e agora começam a olhar também para produtos de vida, como noticiado recentemente pelo Valor. São os casos de XP Investimentos, Genial e Modalmais, entre outras, que têm como estratégia o planejamento patrimonial. Mesmo assim, Gasparini, diretor da Ifaseg, afirma haver oportunidades para diferentes perfis. “Quem comprar uma bicicleta on-line não vai fazer o seguro na XP ou em outras em empresas de investimentos e sim em plataformas como a nossa”, diz. 


Já a corretora de seguros Globus decidiu focar nos agentes autônomos. Também por meio de uma plataforma, a empresa conecta os profissionais de investimento que colocam produtos de seguro em sua oferta a seguradoras que oferecem seus produtos. A empresa prevê fechar o 2021 com mais de 8 mil clientes, entre pessoas físicas e empresas, com R$ 150 milhões em prêmios ante R$ 115 milhões em 2020.

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