BMG segue com IPO e busca R$ 2 bilhões
O banco mineiro BMG decidiu dar continuidade ao processo de oferta pública inicial de ações (IPO), cuja listagem na B3 será feita no início de dezembro. Conforme duas fontes, a instituição financeira aceitou reduzir a avaliação de preço pedida aos investidores para seguir em frente com a operação.
O banco protocolou ontem à noite, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seu prospecto definitivo, conforme antecipado pelo Valor. A oferta, primária e secundária de ações preferenciais, deve movimentar cerca de R$ 2 bilhões.
Havia resistência dos controladores, a família Pentagna Guimarães, em precificar a companhia abaixo de R$ 9 bilhões, mas a instituição financeira tem demanda suficiente para uma oferta em que é avaliada em R$ 7 bilhões, conforme uma fonte.
Dado o aumento da volatilidade nos mercados internacionais e também no brasileiro, a companhia chegou a estudar uma possível postergação da oferta para o início de 2019 - mas resolveu manter a operação, por ser a única oferta em andamento atualmente. Isso porque a empresa de tecnologia Tivit, que fará apenas oferta secundária, já teria decidido adiar a operação para o ano que vem, conforme uma pessoa com conhecimento do assunto.
O banco está atraindo investidores institucionais, especialmente do mercado segurador, conforme uma pessoa próxima da operação. Um dos principais investidores deve ser a seguradora italiana Generali, conforme o Valorapurou. BMG e Generali já têm uma parceria na distribuição de seguros aos clientes do banco.
De acordo com uma fonte, a empresa também pode receber investimento do IRB, empresa de resseguros listada em bolsa. Conforme o estatuto do IRB, isso é possível - a companhia pode participar do capital de outras sociedades, desde que previamente aprovado por seu conselho de administração.
Coordenam a oferta de ações do BMG os bancos J.P. Morgan, Itaú BBA, Brasil Plural, XP Investimentos, Citigroup e BB Banco de Investimento. O banco usará o capital da oferta primária para expansão dos negócios de forma orgânica e por aquisições, crescimento do canal de franquia, investimentos em marketing e em tecnologia.
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