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Seguradora Ezze recebe licença para operar

Fonte: Valor Econômico 

Executivos com mais de duas décadas de experiência no mercado acabam de obter licença de operação para a Ezze Seguros, empresa de capital nacional que já mapeou mais de 40 modalidades de seguros para distribuição nos mais diversos canais, entre eles corretores, varejo e bancos. 

A autorização para operar com seguro de danos e de pessoas, concedida pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), foi publicada no “Diário Oficial da União” de ontem. O capital inicial da companhia é de R$ 30 milhões. Nos primeiros cinco anos, a ambição é emitir R$ 1 bilhão em prêmios, com a Ezze Seguros entre as 20 maiores seguradoras no país. No total, são 110 empresas no setor. 

“O mercado de seguros no país é altamente competitivo, mas enxergamos a possibilidade de crescimento, porque a penetração de seguros no Brasil, comparada a outros mercados, ainda é pequena”, afirmou Richard Vinhosa, presidente da Ezze, ao Valor. “Além disso, à medida que a renda dos brasileiros aumentar, haverá mais compra de seguros por parte da população”. 

Vinhosa, que teve passagens como diretor de operações da Metlife e presidente da Zurich Vida e Previdência, é um dos controladores da Ezze. Ao seu lado, estão Ivo Jucá Machado, que foi sócio fundador da BR Insurance; Claudio Vale, presidente do Grupo CVPar; e o empresário do ramo imobiliário Anderson Mario Marques da Rocha. No total, são 12 sócios no negócio. 

No escritório da empresa na região do Itaim, em São Paulo, já trabalham 15 pessoas, mas a previsão é de mais contratações a partir da licença para operar obtida com a Susep - uma autorização prévia havia sido concedida em maio. 

O objetivo é iniciar as vendas com os seguros de linhas financeiras, o que inclui apólices de garantia e responsabilidade civil para executivos e administradores, entre outras. A aposta mais forte nesse primeiro momento, no entanto, será o seguro garantia. 

Como potenciais clientes da modalidade, a empresa selecionou 150 grupos empresariais no país, que podem somar um total de R$ 45 bilhões em garantias, boa parte desse risco repassado a resseguradoras. 

A Ezze quer atuar tanto no seguro garantia judicial quanto no para obras. “Enxergamos no Brasil um processo de privatizações e concessões que deve se intensificar, em áreas como aeroportos, petróleo e energia elétrica, projetos em que a garantia se tornará necessária”, afirmou Vinhosa. 

Mudanças na legislação também devem dar impulso ao negócio de seguro garantia para obras. Uma proposta que tramita no Congresso prevê aumento do percentual de seguro garantia exigido em obras licitadas pelo poder público para até 30%, sendo que hoje o patamar fica em cerca de um terço disso. 

Embora o foco, por ora, seja nas linhas financeiras, a ideia da Ezze é ser uma seguradora “multilinhas”, avançando para modalidades como seguros de vida e acidentes pessoais, por exemplo. A distribuição dos seguros também se dará por meio de diversos canais, como exemplo corretores, bancos e no varejo. 

Segundo Vinhosa, a empresa já nasce com atendimento digital para clientes e corretores. Como exemplo, no seguro garantia para cobrir um depósito judicial, a emissão da apólice poderá ser feita on-line e em tempo real, podendo ser anexada ao processo judicial. A facilidade deve ser estendida a novas modalidades.

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