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HDI expande presença territorial para dobrar de tamanho até 2014

Fonte: Brasil Econômico

Seguradora, especializada em veículos, pretende crescer 25%ao ano com abertura de filiais na grande SP

De origem alemã, a seguradora HDI chegou ao país em 1979 atendendo somente empresas alemãs com presença no país.

Só em 2000 é que passou a ter o varejo como alvo, especialmente a classe média emergente brasileira. De lá para cá, seu faturamento saltou de cerca de R$ 75 milhões em prêmios de seguros para R$ 1,2 bilhão em 2009. "Ameta é dobrar de faturamento e o número de itens segurados nos próximos três anos", diz João Francisco Borges da Costa, presidente da HDI no Brasil. Para este ano, ele estima uma receita de R$ 1,5 bilhão e um crescimento no ritmo de 25% ao ano.

Para tanto, a seguradora aposta na expansão da presença pelo país e no aumento da participação onde já está presente. "Estamos abrindo filiais no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, mas o nosso grande foco é a região metropolitana de São Paulo, inclusive Santos", ressalta Costa. Há dez anos, eram apenas três filiais em todo o país (São Paulo, Blumenau e Porto Alegre).

Hoje, são 60 pontos. Até 2014, deverão ser aproximadamente 100 filiais, mais 50 "Batepronto", o centro de atendimento rápido de sinistro.

Avanço

O primeiro salto na produção veio com a aquisição da carteira patrimonial do HSBC, em 2005, que dobrou o faturamento da seguradora. Aquisição de nada menos do que uma carteira com 2,5 milhões de clientes. "Isso colocou a companhia em uma perspectiva nacional", comenta o presidente. Ele explica que, como inicialmente a seguradora era especializada em atender a comunidade alemã, acabava tendo forte presença no sul do país,mas era quase desconhecida no resto do país.

No Paraná, por exemplo, a HDI é maior seguradora de automóveis.

Já no ranking geral, ela aparece na sétima posição, com R$ 1,06 bilhão em prêmios de seguros de carros em 2009, atrás de Porto Seguro - agora parceira do Itaú Unibanco -, Bradesco, Sul América, Mapfre e Liberty. Foi no ano passado, inclusive, que a HDI atingiu o patamar de 1 milhão de veículos segurados.

Depois da aquisição da carteira do HSBC, a companhia aposta agora no ganho de escala.

"Já temos um tamanho mínimo para atuar no mercado de automóveis. Quando estávamos com uma carteira de 400 milhões de autos, não havia capacidade de competição.Mas hoje já temos sistemas e processos bem delineados, o que nos possibilita atuar com preços competitivos e uma política sofisticada de precificação", diz Costa.

Ele brinca que a HDI quer ser uma alternativa mais barata do que a Porto Seguro, oferecendo um serviço de melhor qualidade que a Azul - subsidiária da Porto que oferece seguros mais baratos.

Segundo Costa, por mês, a HDI recebe cerca de 600 mil solicitações de cotações de seguros e 20% são convertidos em apólice. "Mesmo considerando a seleção de perfil de risco dos segurados, temos praticamente uma outra companhia inteira para crescer", comenta o presidente.

A HDI tem 8.800 corretores ativos cadastrados, seu canal de distribuição.

Grandes riscos é o próximo passo

A HDI pertence ao grupo Talanx, que atua não só com seguros, mas também com resseguro e serviços financeiros em 150 países. Ela trabalha com grandes riscos industriais, sendo forte na Europa. No Brasil, porém, quase 90% de sua carteira é de automóveis, atuando com riscos industriais apenas em programas internacionais de empresas alemãs que têm operação no Brasil feitas pela matriz.

"Operar em grandes riscos será um segundo passo, depois de consolidar a expansão que estamos fazendo", diz João Francisco Borges da Costa, presidente da HDI no Brasil.

Segundo ele, é mais provável que a operação comece do zero, sem aquisição de carteiras de outros agentes. A Hannover Re, braço de resseguro do grupo, atua no Brasil como resseguradora admitida.

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