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Coface aumenta capacidade de seguro de crédito para o Brasil

Fonte: Brasil Econômico

Seguradora elevou rating do risco brasileiro e, com isso, ampliou a capacidade de aceitar riscos em € 1,5 bi

Depois de um ano difícil em 2009, com muitos sinistros decorrentes da crise, o mercado de seguro de crédito está se recuperando neste ano, mas já há quem esteja aumentando sua capacidade para capturar as oportunidades que a economia do país oferece. É o caso da Coface, seguradora de origem francesa especializada em seguro de crédito, que acabou de aumentar sua capacidade de aceitação de riscos brasileiros de €8,5 bilhões para € 10 bilhões.

O seguro de crédito de riscos comerciais cobre as vendas a crédito realizadas entre empresas comerciantes, em vendas domésticas ou ao mercado externo.

Se a empresa segurada não receber do cliente um pagamento, a seguradora o indeniza.

O presidente da Coface do Brasil, Joel Paillot, explica que a decisão pelo aumento da capacidade levou em conta a elevação que o Brasil teve no Country Risk Rating da Coface, uma análise com indicadores que classificam o nível de risco de transações realizadas por empresas em um determinado país. Esses indicadores medem como os negócios são influenciados pelas perspectivas econômicas, financeiras e políticas. O Brasil passou de A4 para A4+ neste mês (veja mais no quadro ao lado), muito por conta do desempenho da economia durante a turbulência do ano passado.

"Se a economia se conservar estável nos próximos meses, elevaremos o Brasil para A3 no final deste ano ou em 2011", diz Paillot. A revisão das notas é feita a cada trimestre. "Na América do Sul, o único país que tem classificação melhor do que o Brasil é o Chile, com a A2", comenta.

Segundo ele, enquanto o Brasil sobe na avaliação, quase todos os países europeus tiveram suas notas rebaixadas, na maioria de A1 para A2.

O mercado de seguro de crédito brasileiro ainda é pequeno, se comparado ao tamanho da economia do país. A modalidade de risco comercial para crédito doméstico teve receita de R$ 129 milhões em prêmios no primeiro trimestre, tendo a Coface 26,3% de participação. Já a modalidade de crédito à exportação teve faturamento de R$ 10 milhões no período.

Hoje, a maioria das empresas que possui esse seguro é europeia com operação no Brasil, já que a modalidade é muito popular no Velho Continente. "Mas cada vez mais brasileiras estão procurando por essa proteção", diz Paillot. Principalmente as que têm uma parte importante de sua receita concentrada em poucos clientes.

Por conta do grande nível de sinistros no ano passado, a Coface fez uma revisão na sua carteira de clientes, cancelando a cobertura de empresas com maior risco, reduzindo as de médio risco e mantendo as com boa análise de crédito.Em2009, enquanto o faturamento do mercado foi de R$ 260 milhões em operações domésticas, os sinistros bateram nos R$ 250,8 milhões. No crédito externo, a receita foi de R$ 31,9 milhões e os sinistros de R$ 49,5 milhões.

Em 2010, segundo Paillot, a expectativa é que o faturamento seja estável, para retomar o crescimento em 2011.

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