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Montagem deixa menos para reposição

Fonte|: Valor Econômico

O direcionamento de produção de autopeças para a montagem, diminuindo a oferta para o mercado de reposição, não é novo e as estatísticas oficiais do Sindipeças mostram esse movimento desde 2008. Em 2009, o fornecimento para a montagem de veículos respondeu por 69,2% do faturamento dos fabricantes de autopeças, enquanto a reposição respondeu por 15%. Dos 15% restantes, metade foi para a exportação e outra metade para transações intersetoriais.

As margens de ganho são maiores na reposição, segundo os fabricantes, o que, teoricamente, deveria levar as indústrias de autopeças a manter bem abastecido o mercado de oficinas e concessionárias. O peso do fornecimento para as montadoras no faturamento das indústrias de autopeças sempre foi alto, mas se mantinha entre 55% e 60% até dois anos atrás. Quando, em resposta à crise, o governo começou a incentivar as vendas com descontos de IPI, a demanda de peças para montagem subiu fortemente, encostando nos 70%, o maior índice desde 1980.

As seguradoras esperam que o setor encontre uma saída, já que mais de 20% da frota nacional de veículos está no seguro, diz Neival Rodrigues Freitas, da CNSeg.

Além disso, esperam que as montadoras levem em consideração o peso do seguro na decisão dos compradores de automóveis, principalmente nas grandes capitais.

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