Breaking News

Chubb sonha com faturamento de R$ 1 bilhão

Fonte: DCI

SÃO PAULO - O presidente da seguradora Chubb do Brasil, Acácio Queiroz, contou que a companhia planeja crescer cerca de 50% no próximo ano. Para isto, a seguradora deve contratar mais pessoas e melhorar a eficiência e a rentabilidade das operações. A meta do grupo é chegar no próximo ano ao faturamento de R$ 1 bilhão. Este ano, a previsão é chegar a R$ 900 milhões. Seguros massificados devem puxar a lucratividade da companhia.

O executivo acredita que o setor de seguros alcançará, até 2014, 5% do Produto Interno Bruto (PIB) - hoje calculado em 3%. "Obras e fortalecimento da classe C devem puxar isto."

Queiroz ressalta que ações como fechar carteiras de seguros é algo viável para melhorar os negócios da empresa. "O objetivo é trazer boa remuneração para os acionistas e crescimento da equipe. Já cancelei, propositadamente, em cinco ano, mais de R$ 200 milhões em carteira. Não adianta cobrir linhas inviáveis."

Umas das carteiras que o executivo descartou foi a de caminhões. Antes de encerrar a atividade, a empresa criou rastreadores e tomou outras medidas. "O índice de roubo de caminhões é muito elevado. Além disso, o seguro é muito barato, pois a concorrência minou os preços. O mesmo acontece com o setor de cargas. Hoje, bandidos roubam até tratores em fazendas."

Mercado
O crescimento do mercado de seguros no Brasil, como um todo, deve acontecer no estado de São Paulo, opinou o CEO. Ele lembra que os investimentos, como a maioria das 9,5 mil obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da camada pré-sal, estão no estado.

Um dos vetores de crescimento da companhia deve ser o seguro massificado. Hoje, a seguradora conta com 5 milhões de clientes que se utilizam da cobertura. Queiroz aposta que a modalidade ascenda entre 10% e 15%, em 2011. O mesmo crescimento que ele projeta para o varejo.

No entender dele, o Nordeste deverá ser o precursor do crescimento destes seguros. Queiroz elenca como fatores positivos para o desenvolvimento do mercado de seguros na região a inclusão social e o crescimento da renda, o que deve fortalecer os seguros massificados. "As redes de varejo migram para lá."

De acordo com ele, a maioria das varejistas já possui apólices contra todos tipos de danos. "Abriu a loja e tudo está segurado, é só incluir um item ou a localização. Agora, o grande crescimento será no seguro massificado voltado para clientes. Seguros de R$ 3 ou R$ 4 que garantem algumas parcelas quitadas", destacou.

Outro nicho de crescimento para empresa deve ser nas grandes obras, para cobertura de garantias e risco de obras. "Vamos concorrer em todas obras do PAC, desde que não esteja embaixo da terra. Não é a especialidade."

Outro alvo é o seguro de propriedades, com valores acima de R$ 300 mil e de automóveis acima de R$ 60 mil. "Não vamos esquecer dos seguros de transportes internacionais. Pois tudo o que o Brasil importa tem de vir segurado por uma agência nacional."

Seguros mais sofisticados e exóticos, como para vinículas e casamentos, também estão nos planos da Chubb do Brasil.

A operação no Brasil é a terceira maior do grupo, atrás dos EUA, Reino Unido e Canadá. "Estamos no calcanhar do Canadá. Faturaremos cerca de US$ 430 milhões de dólares, este ano. Se a corporação fatura entre US$ 10 bilhões e US$ 11 bilhões, nossa representação fica em 3, 5% e 4%".

A estratégia mundial da seguradora é a de é crescer organicamente. "A estratégia mundial do grupo é a de não comprar, fundir, ou fazer acordos estratégicos com bancos, por exemplo. A ideia é parceria com os corretores de seguro. Esta é nossa joint venture."

O executivo reconhece que o caminho é mais difícil para crescer. "A empresa precisar ter bons serviços, preços atraentes. Quando compra uma outra seguradora, é uma junção de números."

Economista de formação, Acácio Queiroz questiona alguns especialistas que afirmam que 2011 seja um ano de oportunidades para consolidação do mercado. "A tendência dos consultores é a de dizer que haverá fusões dentro do mercado nacional. Mas quem? As regionais? Precisa saber qual a decisão do dono da empresa: crescer ou lucrar com o ativo."

Resultados
A Chubb do Brasil, empresa de seguros mais antiga em operação no País, aferiu lucro líquido de R$ 12,7 milhões no primeiro semestre, com um crescimento de 9,9% nos prêmios retidos e do foco na otimização de processos. O patrimônio líquido cresceu 11% e atingiu R$ 318 milhões contra R$ 287 milhões contabilizados no mesmo período de 2009.

A empresa encerrou o primeiro semestre com R$ 869,9 milhões em ativos totais e resultado financeiro de R$ 18,4 milhões.

À frente da empresa desde 2005, Queiroz contou que depois que assumiu a companhia, a empresa cresceu 300% . "O destaque não é o crescimento, mas, sim, os resultados que aconteceram com o mesmo número de pessoas", confidencia.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario