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D&O tende a dobrar de tamanho em três anos

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Executivos buscam cada vez mais cobertura securitária, que cresce acima de 30% ao ano desde a quebra do monopólio do resseguro, em 2008

As seguradoras que têm forte presença no seguro de responsabilidade civil de diretores e administradores de empresa, conhecido pela sigla em inglês D&O, estão apostando suas fichas no crescimento do produto. É o caso da Zurich Brasil, a segunda maior do setor. "A carteira pode dobrar de tamanho em três anos", sustentou o presidente da companhia, Pedro Purm, que colocou o tema em evidência no congresso dos corretores de seguros (Conec) recém-encerrado em São Paulo.

Na avaliação do executivo, o seguro de D&O tem grande potencial, é um nicho de negócio ainda pouco explorado pelos corretores de seguros. Ao contrário do que muitos pensam, o produto não é voltado apenas para atender grandes empresas, com seu propósito de proteger atos falhos de executivos que causam perdas a acionistas e a terceiros, cobradas judicialmente.

"Na verdade, o produto é acessível também para médias e pequenas empresas", comenta Pedro Purm, acrescentando que atingir o segmento das PMEs é essencial para que o seguro de D&O dobre de tamanho nos próximos três anos, ajudado também pelo livre comércio do resseguro. Se confirmada a expectativa do executivo, a receita da carteira pode girar em torno de R$ 306 milhões em meados de 2013, com base nos números da Superintendência de Seguros Privados (Susep), fechados em agosto.

Nessa linha, ele sugeriu que os corretores ofereçam o D&O a todos os seus clientes, independente do porte da empresa. "É um seguro interessante e traz retorno para a carteira dos corretores", assinalou. Para ele, "o produto é fundamental no cenário atual porque protege o patrimônio pessoal dos administradores diante de riscos relacionados às suas funções". Ele lembrou ainda que a cobertura inclui despesas judiciais.

RESSEGURO. 
O seguro de D&O ganhou impulso no Brasil, segundo Pedro Purm, com a quebra do monopólio do resseguro, a partir de 2008, quando passou a crescer acima de 30% ao ano. "O resseguro aberto aumentou a oferta e o nível de competitividade, reduzindo as taxas (preços) e incentivando a contratação do seguro", assinalou.

Além disso, outro ponto que julga importante para o avanço desse seguro no País é a evolução do poder judiciário e dos órgãos regulatórios, o que leva cada vez mais dirigentes de empresas a se preocuparem em adquirir uma proteção para o exercício de suas funções.

As vendas desse seguro têm, de fato, aumentado no Brasil. No período de oito meses, pelos dados da Susep, a Zurich faturou com o D&O R$ 26,2 milhões, alcançando market share de 25,6%, contra 17,3% fechados em 2009. Até agosto, a empresa registrou o expressivo crescimento de 87,2% sobre igual período de 2009. Já a expansão média do segmento, que tem a Itaú como líder, com fatia de 30,7%, ficou acima de 26,4%, girando receita de R$ 102,2 milhões, mais do que todo o ano de 2009 (R$ 93,8 milhões).

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