De olho na baixa renda, operadora inicia venda de seguro pessoal via celular

Fonte: InfoMoney

SÃO PAULO – Ações para atrair os consumidores de baixa renda para o mercado de seguros estão ganhando cada vez mais espaço. E ganham novos meios de comercialização. Neste mês, a operadora de telefonia móvel Vivo anunciou a venda de seguro contra acidentes pessoais por meio do celular com planos pré-pago.

Pela proposta, os usuários recarregam o aparelho com R$ 15, dos quais R$ 3 serão destinados à compra do seguro e os outros R$ 12 ficarão como crédito. De acordo com a operadora, a iniciativa é piloto e, por enquanto, só esta disponível para os usuários de Sergipe e da Bahia.

O seguro contratado é o da seguradora Ace e terá validade de 30 dias após a zero hora do dia seguinte à aquisição da “Recarga com Seguro”. “Com o novo produto, conseguimos levar mais estabilidade e segurança àqueles consumidores que até então não tinham condições de contratar um seguro”, afirmou, por meio de nota, o diretor de Produtos e Serviços Financeiros da Vivo, Maurício Romão.

Benefícios

Pelo plano, a indenização soma R$ 10 mil. Com a compra do benefício, os usuários ainda concorrem a prêmios instantâneos de R$ 50 a R$ 500, e também participam do sorteio de prêmios de R$ 2 mil ao dia.

Antes de contratar, é bom ficar atento para não adquirir um produto que não quer. A operadora esclarece que o usuário terá a opção de escolher se quer o crédito normal ou o crédito com o seguro.

A Oi, a TIM e a Claro afirmaram que não possuem ações desse tipo. Contudo, elas também comercializam produtos que nada tem a ver com telecomunicação. A Claro, por exemplo, tem parceria com a Rede Cinemark para a comercialização de ingressos de cinema.

Baixa renda eleva crescimento do setor

O seguro de vida individual movimentou R$ 706,7 milhões entre janeiro e agosto deste ano - o que representa um crescimento de 37,97%, na mesma base comparativa. O crescimento, segundo a Fenaprevi, deve-se ao aumento de renda e à oferta de crédito, principalmente, para as classes C e D.

Ao todo, o seguro de pessoas movimentou R$ 10,1 bilhões, um aumento de 13,4%, frente aos primeiros oito meses do ano passado.