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Previdência Privada: Mercado avança e atrai gestores independentes

Fonte: Valor Econômico

Os planos de previdência privada aberta não estão atraindo apenas os consumidores, mas também novas empresas gestoras. Em especial as independentes, ou seja, as que não têm nenhuma ligação com instituições financeiras. É caso da Fram Capital, da Gávea Investimentos ou da BRZ Investimentos, que incluíram os planos de previdência em suas carteiras.

"Como são mais regulados, os fundos de previdência privada oferecem uma série de limitações em termos de alavancagem, diferentemente de um fundo tradicional de multimercado. Mas ainda permitem ter uma alocação agressiva, aliada a uma gestão mais sofisticada que têm atraído investidores", diz Cesare Rivetti, responsável pela área de relações com investidores da Fram Capital.

A Credit Suisse Hedging-Griffo, que já estava no mercado por meio de uma parceria com a Mapfre Seguros, mudou sua estratégia de alocação no final de 2008. Quando muitos analistas financeiros e economistas apostavam em um arrefecimento mais rápido da crise financeira internacional, gerada por problemas no mercado imobiliário americano, a área de gestão de fundos de investimento em previdência privada da Hedging foi em sentido contrário: montou um fundo de previdência privada renda fixa indexado ao juro real.

"Ganhamos muito dinheiro com essa aposta porque na época o juro real oscilou entre 11% e 12% e hoje está abaixo de 6%", diz Ettore Marchetti, gestor de renda fixa da Hedging. O fundo, diz Marchetti, que começou em novembro daquele ano, acumula um ganho de 185% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Outro estreante no segmento de previdência é a Leblon Equities, que chegou ao mercado por meio de uma parceria com a Icatu Seguros.

Segundo Mizael Vaz, gerente comercial da Icatu, a seguradora tem sido assediada por gestores independentes.

"De uns anos para cá passamos a ser mais procurados por esses gestores, que começaram a ter essa percepção de que o segmento de previdência privada é muito promissor em termos de acúmulo de reserva." Para Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos, o produto previdência privada, especialmente o VGBL, tornouse mais atraente para o investidor de maior poder aquisitivo, o público de private banking. Isso explicaria, na sua avaliação, o crescente interesse dos gestores independentes pelos produtos de previdência privada e o movimento de parcerias com empresas seguradoras e até bancos. A mesma opinião tem Renato Russo, vice-presidente da Fenaprevi, para quem a ideia dessas parcerias é oferecer um leque diversificado de produtos para os investidores de maior poder aquisitivo. "Isso fez surgir no mercado um número crescente de fundos vinculados aos planos que oferecem uma gestão diferenciada", diz Russo.

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