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Previdência Privada: Profissionais ajudam a diversificar as alternativas

Fonte: Valor Econômico

A carioca Cintia Silveira, 38 anos, executiva de negócios corporativos, tem fundo de previdência privada há 15 anos. Faz aportes mensais e foi ampliando o número de produtos conforme a vida mudava.

Começou pensando na aposentadoria, mas viu a necessidade de adquirir novos produtos quando as filhas nasceram, há dez anos.

Orientada por profissionais da instituição bancária em que mantinha seus recursos, acabou tendo uma série de contas, tanto para produtos previdenciários de renda fixa quanto para a renda variável.

"Para diversificar o riscos, tenho produtos com renda fixa tradicional e de renda variável, até o limite de 49% de ações alocadas", explica.

Cintia faz reuniões periódicas com os gestores e procura analisar com eles pelo menos duas vezes por ano o andamento dos produtos.

Com o passar dos anos, aprendeu a fazer pequenas interferências na gestão porque, depois do surgimento dos Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), o banco com o qual trabalhava passou a permitir alterações de perfis feitas diretamente em seu computador.

"Nos momentos de crise, bastava entrar no computador e fazer ajustes, reduzindo minha posição em ações automaticamente. Mais bancos deveriam dar essa opção nos produtos para a aposentadoria", diz Cintia, que acabou deixando instituições financeiras consideradas sólidas, mas sem essa vantagem na gestão do produto.

Mais tarde, a instituição financeira foi incorporada por outra, o que a descontentou. Cintia decidiu então diversificar também as instituições em que tinha investimentos e produtos de previdência.

Acabou indo para um banco estrangeiro e depois para outro brasileiro, onde fez uso da portabilidade duas vezes.

Aproveitou há dois meses a mudança de trabalho para sair de um plano antigo, onde colocava aportes destinados a bônus e procurou outra instituição sólida, porque descobriu ao longo dos anos que, ao contrário dos fundos de investimentos, os planos de previdência no país não têm blindagem. "Ou seja, se a instituição falir, quem vai ficar no prejuízo é o segurado. É uma falha brutal do sistema brasileiro", desabafa Cintia. "Não entendo por que as autoridades não corrigem esse problema na indústria de previdência privada." Ela escolheu uma instituição que tinha entre outros diferenciais produtos indexados ao índice de inflação. "Também passei a olhar com mais cuidado o tratamento da instituição, porque a seguradora tem de ser parceira e nos auxiliar nas tomada de decisões.

É muito importante reavaliar as carteiras de investimentos e os fundos de previdência", explica Cintia, que atualmente tem produtos previdenciários em três instituições. (R.S.)

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