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Oportunidade é proporcional ao desafio de evidenciar benefício dos seguros de massa

Fonte: Brasil Econômico

Aumento da oferta de crédito e crescimento da renda somaram-se à distribuição criativa por canais de varejo, como telefones celulares, alavancando a venda de apólices de baixo custo

Depois de 12 anos do lançamento da primeira apólice de seguros massificados no país, o mercado dá sinal de crescimento impulsionado por fatores como a estabilidade econômica, a mudança de cultura do consumidor brasileiro em relação ao seguro e a ascensão das classes C,D e E.Ganharão força, ainda, os seguros de vida e de viagem, comercializados de forma massificada.

Se analisarmos o Brasil, o Nordeste tem tudo para ser o precursor desse crescimento, uma vez que conta com fatores positivos para o desenvolvimento do mercado de massificados na região, como a inclusão social e o pujante aumento da renda. Entretanto, não são somente as classes CeD que vêm adquirindo esta modalidade de seguro. Com a economia aquecida e as vendas em alta, os varejistas são importantes parceiros para a distribuição junto também às classes A e B, que consomem produtos com alto valor. Uma das apostas direcionadas a essas classes é o seguro viagem, uma vez que tanto as viagens corporativas como as de lazer cresceram exponencialmente em 2010.

Os seguros massificados podem ser seguros de vida, de desemprego, de residência, proteção financeira, garantia estendida de eletrodomésticos, perda e roubo de cartão e muitos outros. São acessíveis e ofertados através de parceiros, como em contas de prestadoras de serviços (água, luz, telefone), em contas de lojas de varejo ou de departamento e bancos. O grande segredo para tal desempenho é a distribuição, ou seja, a logística das parcerias faz com que o seguro massificado chegue a grande parcela da população com baixo custo. É importante lembrar que o massificado depende muito de tecnologias avançadas, para tornar os processos mais eficientes,o que contribui para a redução dos valores cobrados.

A oferta de crédito também estimulou o consumo e o segmento de massificados acompanha o crescimento do mercado. A evolução do crédito explica, por exemplo, o desempenho de seguros como o proteção financeira, que cobre inadimplência em decorrência de desemprego, morte e acidentes pessoais; de garantia estendida, focado na extensãodo prazo de garantia de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e de automóveis usados e novos; e dos produtos que protegem contra perda e roubo de aparelhos como notebooks e celulares. O seguro massificado se tornou excelente aliado para ajudar os brasileiros a sustentar padrão crescente de consumo frente à já sanada desestabilidade econômica.

Segundo a Susep,a previsão é de,em 2010, o segmento de massificados movimentar R$ 6 bilhões em prêmio, o que significa um crescimento de 20% em relação ao ano passado.

É pouco perto dos R$ 60 bilhões do mercado de seguros geral, mas é promissor.

O grande desafio do setor é estar atento à evolução dos diversos segmentos da economia que faz crescer a demanda por inúmeros tipos de seguros. Caberá aos profissionais da área o papel de explicar e de tornar evidentes os benefícios gerados pela contratação dessas apólices. Esses desafios são tão grandes quanto as oportunidades, pois desenvolver produtos na medida das demandas e mecanismos de captura desses novos consumidores requer nova maneira de pensar e agir. Mesmo porque, junto com a nova massa, vem a nova cultura de consumo que nos força ao desapego dos métodos tradicionais.

As seguradoras precisam se adaptar, criar produtos diferenciados, inovar na sua abordagem, usando uma linguagem mais fácil de ser compreendida e criando mecanismos de simplificação dos processos de contratação de seguro e relacionamento com os segurados, sempre valendo- se do corretor de seguros.

O constante trabalho para a conscientização da importância do seguro na rotina do consumidor é imprescindível para mudanças no seu comportamento. Já é possível ver as transformações no hábito do brasileiro, que se preocupa com a proteção da perda da renda ou na quebra de um aparelho fora da garantia. É preciso, porém, estar atento ao que se está contratando, uma vez que o serviço deve realmente ser útil à necessidade de cada pessoa.

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