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Previdência: Abate do IR para PGBL vai até o fim de dezembro

Fonte: Valor Econômico

No acumulado de janeiro a outubro, 3% do volume de recursos arrecadados pela previdência complementar aberta referem-se aos planos para menores, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Tradicionalmente, o volume de recursos nos planos das crianças aumentam em dezembro, principalmente, no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), por meio do qual o participante pode abater até 12% de sua renda anual tributável na declaração do Imposto de Renda (modelo completo). Para usar o benefício em 2011, a aplicação no PGBL tem de ser feita até 30 de dezembro.

"O último mês do ano costuma ser o melhor do mercado, com registro de captação acima da média", afirma o vice-presidente da Fenaprevi, Renato Russo, também vice-presidente da SulAmérica Vida e Previdência.

Segundo o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, os planos para menores são os que mais crescem. "Muito pais constam como titulares dos planos, deixando o filho como beneficiário nos contratos assinados", afirma Oliveira. Portanto, é difícil contabilizar com exatidão os recursos que, realmente, são destinados ao futuro das crianças. De janeiro a setembro, o setor de previdência captou cerca de R$ 1 bilhão nos planos segmentados para menores contra R$ 3,3 bilhões em todo o ano de 2009.

Como ainda não foi aprovado o plano de previdência com objetivo especificamente educacional, os produtos para menores têm cumprido essa função. Encerrada a fase de aportes, o dinheiro acumulado no plano da criança pode ser sacado lá na frente para o pagamento de faculdade, pós-graduação, início da atividade profissional, compra de um imóvel ou até início de um plano de previdência para a aposentadoria. Tudo depende do desejo do titular do plano na fase de resgate do dinheiro.

"O produto apresenta grande flexibilidade no uso dos recursos", diz o vice-presidente de planejamento e vendas da Icatu Seguros, Luciano Snel. Na instituição, houve crescimento de 51% no total de contribuições nos planos para menores até 18 anos, de janeiro a novembro sobre igual período de 2009.

Remodelado este ano, o plano para menor Prev Educar, do Santander, registrou novos 30 mil contratos em outubro contra 10 mil planos vendidos em outubro de 2009. Pais, avós, padrinhos ou tios podem fazer contribuições mensais a partir de R$ 70 no Prev Educar. Ao final da fase de investimento, o menor opta por retirar a quantia de uma única vez ou receber uma renda fixa mensal.

Um dos serviços acrescentados ao Prev Educar é a disponibilidade para o menor de idade, em caso de doença ou acidente, de um professor particular, transporte à escola, entre outros, explica o superintendente-executivo de previdência do Santander, Alessandro Andrade.

No acumulado de janeiro a outubro, o Plano Jovem, do HSBC Seguros, teve incremento de arrecadação de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. "O plano de previdência para menores foi o que mais cresceu em 2010%", diz o gerente de produtos, Gustavo Lendimuth.

Atuando há apenas dez anos no segmento de previdência, o HSBC Seguros registrava uma demanda reprimida dos clientes por planos para menores. Os 400 consultores especialistas em previdência, espalhados pelo Brasil, colaboraram na orientação e venda do produto aos clientes ao longo de 2010, afirma Lendimuth.

A arrecadação acumulada do Brasilprev Júnior, de janeiro a setembro, aumentou 9,2% sobre o mesmo período de 2009, segundo o presidente da empresa seguradora, Sérgio Rosa. Em número de clientes, a Brasilprev soma 550 mil planos, base 43% maior do que a de setembro de 2009.

O aporte mínimo no Plano Brasilprev Júnior é de R$ 25. O tíquete médio do produto é de R$ 100 frente a R$ 93 em 2009 e R$ 85,59 em 2008. Nos dois últimos anos, a contratação para menores de seis anos cresceu de 23% para 32%, indicando o maior interesse por planos para crianças pequenas, diz o gerente de clientes e mercado da Brasilprev, Sandro Bonfim.

Na SulAmérica Vida e Previdência, somando as contribuições regulares e esporádicas ao produto para crianças e jovens, chamado EducaPrevi, de janeiro a outubro, a empresa registrou R$ 6,5 milhões. O crescimento foi 104% superior ao do mesmo período de 2009.

O aporte inicial mínimo é de R$ 50 por mês na SulAmérica Vida e Previdência. Mas o tempo mostra que o tíquete médio das contribuições ao EducaPrevi é de R$ 120 a partir da idade média de sete anos. O contrato prevê aportes até os 24 anos de idade, diz a diretora técnica de Vida e Previdência da Sul América, Carolina de Molla.

Com a preocupação de que o sobrinho não passasse por dificuldades, o advogado Fernando Marcondes, de 46 anos, contratou o SulAmérica Educaprevi em outubro de 2009, para o bebê do sobrinho, batizado de Theo Nande, com um ano de idade.

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