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Volatilidade da bolsa reduz apetite por risco em previdência privada

Fonte: Brasil Econômico

Captação líquida de fundos compostos da Brasilprev, braço de previdência do Banco do Brasil, foi de 27,5%no acumulado do ano

A volatilidade da bolsa de valores brasileira ao longo do ano afastou os investidores de ativos de maior risco. Pelo menos em previdência privada aberta. Da captação líquida (depósitos menos saques) registrada pela Brasilprev, braço de previdência privada do Banco do Brasil (BB), no acumulado do ano até novembro, 27,5% foi para fundos compostos (que mesclam renda fixa e variável) e 72,5% para fundos de renda fixa.

"O ingresso de recursos em fundos compostos não aconteceu na velocidade que gostaríamos.

As pessoas se assustam quando a bolsa cai e ficam receosas quando anda de lado, mesmo diante da venda consultiva", explica Márcio Matos, superintendente de investimentos da Brasilprev, destacando a importância do trabalho de educação financeira feito pela companhia nos últimos meses. "O investidor precisa entender que, sob a ótica do longo prazo, a oportunidade de investir em ativos de maior risco é agora", completa.

Resultados de 2010 Se por umlado, a volatilidade da bolsa afastou os investidores da renda variável, por outro não reduziu o apetite por produtos de previdência privada. A Brasilprev deve encerrar o ano com R$ 36 bilhões em ativos (incluindo planos tradicionais, VGBLs e PGBLs), crescimento de 34% ante o fechamento de 2009. "A expansão da renda, aliada ao aumento da longevidade do brasileiro despertou a preocupação com a aposentadoria", disse Sérgio Rosa, presidente da Brasilprev, durante a apresentação dos resultados da companhia no ano.

Entre janeiro e novembro, a companhia registrou arrecadação de R$ 8,4 bilhões, volume 55% maior quando comparado a igual período do ano anterior.

A expectativa para 2010 é superar a marca de R$ 9,7 bilhões em arrecadação. "Pela primeira vez na história da Brasilprev conseguimos arrecadar R$ 1 bilhão em um único mês", apontou Rosa, referindo-se a novembro.

"Tradicionalmente, os últimos meses do ano são melhores quando comparados ao restante do ano. Mas nunca havia sido tão bom quanto foi desta vez", comemorou.

Perspectivas Sérgio Rosa, que assumiu a presidência da Brasilprev há três meses - após ficar à frente da Previ (fundo de pensão do BB) por seis anos -, acredita que a indústria de previdência privada aberta deve atingir R$ 1 trilhão em ativos sob gestão até 2018. "Porém, o crescimento médio anual observado entre 1994 e 2009, de 31%, não deve se repetir nos próximos nove anos, estabilizando-se em 21% ao ano", prevê o presidente da Brasilprev.

Para 2011, a expectativa é de manutenção do ritmo de crescimento observado este ano.

"Ainda há uma parcela significativa da população, principalmente as classes C, D e E, que não foram abordadas", ressaltou Rosa.

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