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Cliente do banco vira alvo da seguradora

Fonte: Brasil Econômico

Bradesco Seguros, que responde por um terço do ganho do Bradesco, lucrou R$ 2,9 bilhões no ano passado

A estratégia de fazer venda cruzada de seguros com os clientes do banco tem garantido o ritmo do crescimento da Bradesco Seguros.

"Os correntistas se tornaram alvo para a venda de seguros no ano passado", diz Samuel Monteiro dos Santos Junior, vice-presidente executivo do Grupo Bradesco Seguros.

Segundo o balanço do banco, a instituição tem 23 milhões de contas correntes, 41 milhões de contas poupança e 36 milhões de segurados. É por isso que Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Seguros, costuma dizer que existe uma outra seguradora inteira dentro do banco para crescer.

A seguradora responde por um terço do ganho do banco. Em 2010, a Bradesco Seguros apresentou lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, crescimento de 16% em relação a 2009.No quarto trimestre, o ganho foi de R$ 779 milhões, avanço de 29% se comparado ao mesmo período de 2009.

O faturamento avançou 18% em 2010, totalizando R$ 31 bilhões.

No quarto trimestre, as receitas foram de R$ 9 bilhões, avanço de 12 %, com destaque para as contribuições de previdência aberta e capitalização.

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) até novembro (último dado disponível) a receita do mercado mostra crescimento de 17% ao longo do ano passado.

Sinistralidade O índice de sinistralidade (relação entre a receita de seguros e as indenizações pagas) tem mostrado uma queda constante no ano passado - quanto menor, melhor. O indicador recuou de 74,3 no quarto trimestre de 2009 para 71,1 no mesmo trimestre de 2010.

Todos os ramos mostraram queda, com destaque para saúde, cuja retração foi de cinco pontos. Segundo Santos Junior, isso foi reflexo da gripe suína em 2009, que aumentou muito a frequência do uso do plano de saúde. "No geral, foram vários os fatores que levaram à queda da sinistralidade, entre eles a melhor precificação do risco e também o foco no cliente do banco", diz o vice-presidente da seguradora.

A relação entre os gastos administrativos e o faturamento -o índice de eficiência, também quanto menor melhor -, apresentou queda, fechando o quarto trimestre em 5,8. Samuel explica que os gastos haviam aumentado nos trimestres anteriores por conta dos investimentos em tecnologia e automação de processos para sustentar o crescimento operacional.

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