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Cetelem aposta em consignado para crescer

Fonte: DCI

São Paulo - Para a financeira Cetelem BGN, do grupo BNP Paribas, o mercado de crédito para o consumidor em 2011 deve seguir o mesmo caminho de 2010, com contínuo crescimento e sem grandes impactos. Mesmo com as medidas do Banco Central para conter o consumo e desacelerar a economia, os executivos da empresa acreditam que o crédito consignado e cartões de crédito, principais linhas em que atuam, não devem sofrer oscilações. A inadimplência é outro fator que apresenta crescimento, 2,1% em janeiro, de acordo com o Indicador Serasa Experian, mas que continua em queda nos produtos da financeira.

Em 2010, a Cetelem BGN faturou R$ 6,3 bilhões na carteira de crédito, atingiu a marca de 3,4 milhões de cartões e R$ 1 bilhão em patrimônio líquido.

"Apesar das medidas do BC, houve crescimento do consumo em janeiro e deve continuar em fevereiro. O crédito teve leve aumento nas taxas de juros. Mas em algumas modalidades, como o consignado, as taxas continuam competitivas e interessantes, o que minimiza os impactos", declarou Miltonleise Carreiro Filho, vice-presidente da Cetelem BGN, em coletiva de imprensa realizada na terça-feira (22) sobre a pesquisa O Observador 2011.

Em relação aos cartões de crédito, o vice-presidente acredita na mesma perspectiva: "No Brasil, os cartões de crédito substituem outros meios de pagamento, como cheque e dinheiro. Enquanto houver esse espaço, este setor tem campo para crescer. Para nós é uma situação muito boa, já que é um dos nossos principais produtos". A Cetelem BGN atua em empréstimo consignado, CDC (Crédito Direto ao Consumidor), cartões de crédito, assistências, seguros e automóveis.

Outro fator do setor de crédito que contradiz os resultados e perspectivas da Cetelem BGN é a inadimplência do consumidor, com crescimento de 2,1% em janeiro de 2011, segundo dados do Indicador Serasa Experian. "A inadimplência se mantém dentro do previsto, até um pouco em queda ", disse Marcos Etchegoyen, presidente da financeira.

Para 2011, a Cetelem BGN tem perspectiva de lançar novos produtos adequados ao pilar estratégico de estimular o crédito consciente. "Acreditamos que uma das razões que estimularam o crescimento do Brasil nos últimos anos é o consumo e a grande disponibilidade de crédito. O nosso objetivo é fomentar o crédito de maneira consciente para que ele alavanque o consumo, facilite a administração de recursos e que seja perene, isto é, que o cliente use sempre que necessário e não como meio de vida", acrescentou o presidente. Outro passo, segundo Etchegoyen, é parceria com a Visa até o final do ano, início de 2012, que complementaria as opções de bandeira já existentes: Mastercard e Aura.

Em 2008, a Cetelem comprou o banco brasileiro BGN, especializado em operações de crédito consignado no Brasil. O grupo também possui 40% do banco Carrefour em diversos países, como Itália, Argentina, Espanha e França. No entanto, Marcos Etchegoyen afirma que não há previsões de novas aquisições para este ano. "Em 2008, integramos o BGN a Cetelem e dedicamos 2009 e 2010 para as adaptações necessárias. Agora já temos pessoas, processos e sistemas adequados para que a empresa de torne única. Sobre a participação no banco Carrefour, esse não é um assunto tratado a nível Brasil."

O Observador 2011

Em pesquisa desenvolvida pela Cetelem BGN em parceria com a Ipsos Public Affairs, foi traçado o perfil do consumidor brasileiro em 2010. O destaque é a ascensão das classes DE, de que cerca de 19 milhões migraram para a classe C. Ao todo, a população brasileira possui 53% na classe C (101 milhões, 25% nas classes DE ( 47,9 milhões) e 21% nas classes AB (42,19 milhões).

A pesquisa também indica que o consumidor está mais otimista com o País. Dos 1.500 entrevistados, distribuídos em 70 cidades do Brasil, 60% espera mais crescimento, 53% mais consumo, 52% mais crédito e 39% o PIB em alta.

Para compras financiadas, apenas 26% dos entrevistados declarou comparar as taxas de juros. Já as classes DE se preocupam mais com o valor das prestações. Outro dado importante é que 45% dos entrevistados afirmou nunca ter buscado informações sobre crédito, empréstimo ou financiamento. A pesquisa completa está disponível no site www.cetelem.com.br.

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