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Redes de varejo viram grandes vendedoras de apólices

Fonte: Valor Econômico

As grandes lojas de varejo se consolidaram como eficientes canais de distribuição de seguros.

Hoje, ao entrar em um ponto comercial de uma rede varejista, o cliente pode ter à sua opção desde formas massificadas, como garantia estendida, seguros populares prestamistas e até apólice contra furto, roubo e queda acidental de um tablet de última geração.

Em 2005, a seguradora Cardif percebeu o potencial do varejo e formou uma joint venture com a rede Magazine Luiza, formando a Luizaseg, para atuar com garantia estendida. Segundo Luiz Cozac, diretor da LuisaSeg, a venda de garantia estendida representa entre 35% e 40% das vendas da rede. "O consumidor pondera e opta pelo produto ao comparar o preço ofertado e os de uma assistência técnica na hora de um possível consert o", diz. A Luisaseg oferece opções de um ano e dois anos para a garantia estendida. "O cliente acaba optando pela segunda opção ao perceber que não custa o dobro, como imaginava", afirma. Em 2010, foram comercializadas 2,2 milhões de apólices nas 477 lojas da rede. A previsão de crescimento para este ano é em torno de 20%, acompanhando o aumento previsto para a expansão da a rede. A garantia estendida é também oferecida pela internet, mas o índice de adesão não chega a 5%.

Sem concorrer com a Luisaseg, a Cardif oferece nas lojas da rede uma série de produtos de acordo com o perfil dos consumidores.

Cerca de 80% das vendas do Magazine Luiza são financiadas, o que impulsiona a oferta de seguros de proteção financeira. O seguro custa 6% do valor da compra, cobre morte, invalidez e desemprego, e é vendido de forma parcelada pela Cardif.

Para Rubens Nogueira, presidente da corretora Classic, especializada em seguros massificados, o campo do varejo é propício para lançamento de novos produtos.

Ele afirma ser pioneiro em seguros massificados na varejo quando, em 1998, em parceria com a seguradora Zurich, desenvolveu um projeto experimental com a rede R i a c h u e l o. Utilizando o cartão próprio da loja, Nogueira criou um seguro de proteção financeira de R$ 1,95\/mês que permitia a liquidação de débito de até R$ 300 em caso de desemprego. "Custa R$ 1,95 até hoje", diz. Depois, desenvolveu produtos para a população de baixa renda nas áreas residencial, de acidentes pessoais e de assistência a autos. Em 2010, a corretora registrou crescimento de 22%.

Para a Bradesco Seguros, os produtos de afinidade com o varejo representam 2,7% do faturamento e 39% dos segurados. Segundo a assessoria de imprensa, são 21 parcerias com redes varejistas, que resultaram em um faturamento de R$ 690 milhões em 2010.

Um novo nicho para as seguradoras é o seguro de furto, roubo e acidentes por queda acidental de itens de informática, foto e telefonia.

Em 2008, a seguradora RSA criou o Seguro Digital, que é feito no próprio ponto de venda. A apólice tem validade de um ano, não é renovável, e custa, em média, 15% do valor do aparelho. Segundo Cristiano Saab, diretor de affinity da RSA, foram vendidas 250 mil apólices. (G.M.)

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