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Regras de capital custam caro para as seguradoras

Fonte: Valor Econômico

As companhias de seguros estão gastando em todo o mundo US$ 25 bilhões mais que o necessário, por ano, com custos regulatórios por causa de um conjunto de regimes de capital fragmentado e inconsistente, segundo cálculos da KPMG. A firma de contabilidade e consultoria disse que as iniciativas para promover um modelo verdadeiramente globalizado e consistente para as regras de capital para o setor de seguros - parecido com as regras do Acordo da Basileia para os bancos - levariam a economias significativas.

Rob Curtis, diretor de seguros da KPMG, disse que sua companhia chegou aos US$ 25 bilhões analisando os gastos de conformidade de seus clientes de seguros, calculando quanto desse valor foi duplicado ou repetido por causa dos diferentes regimes existentes nos países e em seguida determinou isso para as maiores companhias de seguros.

Curtis disse que ele e outros do setor estão surpresos com o tamanho do número, mas que ele é factível. A International Association of Insurance Supervisors (IAIS), um órgão que congrega autoridades reguladoras do setor de todas as partes do mundo, lançou no ano passado um esforço para criar um Modelo Comum de Avaliação, ou ComFrame na sigla e inglês, elaborado para ser a base de um padrão global para o capital, risco, avaliação e prestação de contas na regulamentação do setor de seguros.

O setor de seguros vem lutando para conseguir o mesmo nível de atenção global que o setor bancário.... há regras para reserva de capital, investimentos e governança que exigem níveis diferentes de informes financeiros, dependendo de cada jurisdição, disse Curtis. Um montante significativo de dinheiro vem sendo gasto na possível duplicação e não há uma avaliação consistente da solvência financeira das seguradoras.

Há grandes diferenças entre as autoridades reguladoras em diferentes países, que precisam ser conectadas. A Europa está elaborando um novo conjunto de regras de capital para as seguradoras chamado Solvency 2, que deverá ser implementado em 2013. O progresso da iniciativa não tem sido tranquilo, pois o setor ainda não está satisfeito com o nível de conservadorismo de algumas de suas medidas. Um teste recente das regras no setor de seguros da Europa constatou que 15% das companhias não cumpriram com as novas exigências de capital, embora elas devam sofrer novas mudanças.

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