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Seguradoras têm maior demanda

Fonte: O Diário de Mogi - SP

Os prejuízos provocados nos automóveis e residências com a forte chuva de granizo que atingiu a Cidade, no último domingo, provocou uma corrida às seguradoras. Corretores de Mogi das Cruzes estimam um aumento de até 450% no número de sinistros registrados. A maioria dos casos é relacionada a veículos danificados, já que o seguro de casas ainda é pouco utilizado no Município.

Proprietário da Tasc Corretora de Seguros, no Alto do Ipiranga, Sidnei Tavares, conta que só na segunda-feira, um dia depois da intempérie, 22 ocorrências foram notificadas no estabelecimento. A título de comparação, na sexta-feira, tinham sido apenas quatro registros, o que equivale a um aumento de 450%. "Foi uma quantidade assustadora (de sinistros). Tivemos casos em que a pessoa achou que teve perda total do automóvel, a exemplo de um cliente meu, que não tinha onde parar o carro e teve que continuar andando com ele debaixo daquela tempestade de pedras", relatou. Dos 22 sinistros, 19 eram referentes a veículos e apenas três a casas.

Há 16 anos como corretora de seguros em Mogi, Léia Godoy confirma o aumento do movimento, em função da forte chuva. "Em média, durante uma semana, faço três sinistros. Só na segunda-feira, tive de fazer sete", contou.

O diretor regional de Mogi do Sindicato dos Corretores de Seguro, Vida e Previdência do Estado de São Paulo, Wilton Nogueira, salienta que o prejuízo provocado pelo granizo nos carros é totalmente indenizado, desde que o veículo tenha cobertura total de seguro, chamada no ramo de "compreensiva". Segundo ele, atualmente, este tipo de modalidade é adotado por mais de 80% dos automóveis segurados na Cidade. "Ele cobre colisão, incêndio, furto, roubo e fenômenos da natureza, como alagamentos, chuvas fortes, granizo", enumera. Nogueira explica que o seguro não cobre o dano apenas se ficar comprovado que o motorista contribuiu para piorar a ocorrência. "É, por exemplo, o caso de um local que está alagado e pelo qual nenhum carro está passando, mas a pessoa decide arriscar e o automóvel é levado pela correnteza", explica.

Os valores do seguro dependem de inúmeras variáveis, que vão desde o modelo e a marca do carro (se é muito visado e está entre os principais alvos dos ladrões) até o perfil do motorista e do local onde o carro é estacionado durante o período noturno. Tavares, da Tasc Seguros, exemplifica: "O seguro de um Fit (Honda) para um homem, de 43 anos, casado, que mora em um condomínio fechado e onde o carro fica estacionado em uma garagem coberta sai por R$ 1,5 mil (ao ano). Já o mesmo carro, mas de uma pessoa de menos de 25 anos, que é solteira e cujo automóvel fica estacionado em um local aberto, o seguro pode sair até pelo dobro do valor, na casa dos R$ 3 mil".

Nogueira disse que o Sindicato não dispõe de dados sobre o número de carros segurados na Cidade. Em todo o Alto Tietê, há em torno de 150 corretores de seguros atuantes. Só em Mogi, são 70. Ele orienta que as pessoas devem sempre procurar um profissional da área no momento de contratar um seguro.

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