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Colombianos se interessam por modelo de capitalização brasileiro

Fonte: Revista Apólice

Executivos da Colpatria, um dos grupos seguradores mais tradicionais da Colômbia, visitaram o Brasil esta semana para saber mais sobre o modelo de capitalização adotado no País, conforme informa a CNSeg por meio de nota em seu site. O obejtivo da passagem pelo território verde-amarelo é avaliar o que é possível introduzir no modelo colombiano para revitalizá-lo.

O diretor da FenaCap, José Ismar Alves Tôrres, informou em entrevista ao site da CNSeg que os colombianos mostraram particular interesse na segmentação adotada pelo mercado brasileiro a partir de 2008, na tentativa de atingir novos nichos de mercado e tirar maior proveito da estabilidade econômica. Das modalidades ofertadas no mercado brasileiro, Tradicional, Incentivo e de Compra Programada, o segundo foi o que mais chamou a atenção dos colombianos.

De acordo com dados da Confederação, o mercado de capitalização colombiano, ainda que mantenha a receita em alta, tem cada vez menos operadores e baixa taxa de expansão. "Há 15 anos, eram sete entidades de capitalização e, no ano passado, contavam apenas duas empresas, incluindo-se aí a Colpatria. A receita média anual situou-se em US$ 500 milhões no ano passado. O montante anual é inferior à receita mensal obtida pela capitalização no Brasil", detalhou a CNseg.

Para o gerente de Capitalização da Colpatria, Cesar Bernal, este esvaziamento no número de players é uma resposta do mercado da Colômbia a uma crescente desconfiança dos colombianos, que ainda encaram a capitalização como investimento financeiro e não como um produto de acumulação de recursos e distribuição de prêmios via sorteio. "Daí porque queremos conhecer mais de perto o mercado brasileiro, entender as razões de sua boa performance e adotar ações bem-sucedidas aqui em nosso país para rejuvenescer nosso setor de capitalização, que existe há 70 anos em nosso país", disse Bernal.

Na Colômbia, ao contrário das quatro modalidades existentes no Brasil, só existe o produto Tradicional. Além disso, o produto colombiano não oferece qualquer correção monetária, ao contrário do brasileiro, e tem prazos muito longos, de até 30 anos. Segundo nota da CNseg, além de Bernal, a missão colombiana foi integrada por Juan Carlos Matamoros, vice-presidente Comercial da Colpatria, Janeth Vargas Vanegas, gerente de Investigação e Mercado, e Rafael Montoya, gerente de Operações do grupo colombiano. Eles participaram de encontros na CNSeg, na FenaCap e com executivos das principais empresas de capitalização brasileiras, como Brasilcap, Sulacap, Bradesco Capitalização e Itaú Capitalização.

Aline Bronzati

Revista Apólice 06/05/2011

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