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Fator reforça carteira de riscos de infraestrutura

Fonte: Brasil Econômico

Seguradora firma contrato com Petrobras para garantia de performance de até R$350 milhões em projetos da estatal

Vanessa Correia

O apetite da Fator Seguradora em abocanhar uma fatia do mercado brasileiro parece não ter limite.

No início da semana, o braço do Banco Fator assinou contrato com a Petrobras, no qual garantirá indenização caso empresas terceirizadas não cumpram o estabelecido na contratação de construção de projetos da estatal petrolífera. A apólice, conhecida como garantia de performance, cobre danos de até R$ 350 milhões. \"A cada novo contrato fechado mostramos nosso apetite ao mercado\", dispara André Marino Gregori, diretor-geral da Fator.

A seguradora concorreu com outras nove companhias - J. Malucelli, Mapfre-BB, UBF, Pottencial, Itaú Unibanco, Austral, Cesce, Allianz e Aliança do Brasil, sendo que as duas últimas acabaram não apresentando proposta durante o processo licitatório.

A operação engorda a carteira de seguro garantia da Fator, embora este não seja um objetivo. "Hoje, o seguro garantia representa 90% do nosso faturamento.

Em três anos, queremos que essa participação recue para 50%", destaca Gregori.

A afirmação do executivo reforça o atual posicionamento da Fator: ser uma seguradora de nicho, voltada à infraestrutura - com apólices de garantia, mas também riscos de engenharia, responsabilidade civil de obras, equipamentos, D&O (cobertura de erros e omissões de funcionários) e E&O (erros e omissões de funcionários terceirizados), inclusive para gestores de fundos de pensão e responsáveis por aberturas de capital.

"Diretamente ou indiretamente, esses produtos estão ligados a projetos de infraestrutura", ressalta Gregori, justificando a escolha do setor pela facilidade em analisar o risco, uma vez que isso já havia sido feito nas apólices de seguro garantia.

Criada em 2008, a ideia inicial era que Fator Seguradora passasse por uma remodelagem após cinco anos de operação, dando maior foco aos produtos ligados a infraestrutura.

Entretanto, os planos foram antecipados em dois anos. "Acabamos nos diferenciamos por sermos proativos em um mercado mais passivo. Nossa atuação conquistou corretores e resseguradoras", diz o diretor.

Em um prazo de três anos, a seguradora quer ocupar , a quinta colocação nos segmentos em que atua-atualmente é a segunda colocada em garantia e sexta em riscos de engenharia, de acordo com os dados de abril da Superintedência de Seguros Privados (Susep). "Não é uma meta ambiciosa se considerarmos os resultados entregues", acredita.

Para suportar o crescimento projetado para os próximos anos, o patrimônio líquido foi reforçado, totalizando R$ 104 milhões.

Recentemente, o executivo também fez rodadas de encontro (road show) por quatro países com o intuito de renovar o tratado de resseguro-contrato no qual resseguradoras internacionais se tornam parceiras da Fator na subscrição de riscos.

"É provável que consigamos dobrar a capacidade de reter riscos quando comparado a 2010", diz, sem revelar a quantia.

O contrato assinado com a Petrobras no início da semana não foi o primeiro entre as partes.

Em2009, a Fator venceu licitação aberta pela petrolífera para garantir indenização em caso de perdas com ações judiciais no valor de R$ 2 bilhões. "Ficamos de fora o ano passado, mas iremos participar do processo licitatório aberto este ano." Em fevereiro, a seguradora liderou o consórcio vencedor da apólice de risco de engenharia da linha 4 do Metro do Rio, cuja cobertura é de R$ 1,6 bilhão. O contrato será estendido a outras duas linhas do metrô, totalizando R$ 2,9 bilhões.

Um comentário:

  1. Cada vez mais o mercado de seguros vem ganhando vulto, neste sentido devemos pensar na ampliação do seguro de credito no Brasil. Tal seguro é operado em duas modalidades: credito interno e credito externo. No mercado interno a cobertura se restringe às vendas no mercado doméstico, apenas para riscos comerciais (atraso, recuperação judicial e falência). O seguro cobre o atraso do pagamento, sem necessariamente ter de haver a recuperação judicial e falência. Ja no caso de credito externo, além das coberturas normais o seguro também cobre o risco político, como guerra, greves, tumultos e atos do governo que possam causar a inadimplência de clientes do segurado.(Alexandre Uriel, Administrador Judicial e Conselheiro do CONJUR-FIESP)

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