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Setor de seguros quer novas regras para ampliar cobertura popular

Fonte IG

O mercado segurador se reúne em Brasília nesta semana para promover a 5ª. Conferência Brasileira de Seguros (Conseguro) e pedir ao governo regulação dos microsseguros, aqueles oferecidos à população de baixa renda por valores de até R$ 50 por mês. Desde 2008, o setor pleiteia junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) e ao Congresso normas específicas para o segmento, mas sem definição.

Para a diretora-executiva da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg), Solange Beatriz Mendes, o segmento precisa de aperfeiçoamentos que possam baixar ainda mais o preço desses seguros. “Falta apoio do órgão regulador para aprimorar contratos e controles internos.”

Os microsseguros são versões mais simples do que os produtos comuns, que custam entre R$ 2 e R$ 50 por mês. Em geral são seguros de vida ou similares com cobertura reduzida, mas que contem com algum benefício, como capitalização, assistência-funeral, sorteios ou descontos em redes de varejo.

Para Solange, porém, para esses seguros deslancharem, são necessários pelo menos dois avanços nas normas para microsseguros: a redução dos níveis de exigência de capital para empresas do setor, e a redução de burocracias para oferta de produtos, que passa pela retirada da necessidade de haver um corretor de seguros como intermediário.

Empresas rejeitam corretores

“Não precisa haver corretor para oferecer o microsseguro, o que não quer dizer que os profissionais que oferecerem os produtos não tenham que ser treinados”, diz Solange. O tema é controverso, porque os microsseguros são oferecidos, em geral, para populações de baixa renda sem grande conhecimento do setor financeiro, que, portanto, demandariam uma comercialização mais cuidadosa, embora o produto seja mais simples.

Segundo Solange, um grande avanço seria o governo permitir que os microsseguros fossem oferecidos de maneira remota, por exemplo, por celular ou pela internet. Pelas regras atuais, qualquer tipo de seguro exige a apresentação de documentos e assinatura do cliente. Para ela, com essas mudanças, os preços dos seguros estariam cada vez mais próximos de R$ 2, em vez de R$ 50 por mês.

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