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Assistência-viagem cresce no país com apoio da classe C

Fonte: Valor Econômico

Empresas como Travel Ace, Inter Partner e Assist Card prevêem expansão do faturamento em 2011

O medo de ter malas extraviadas ou de ficar doente enquanto viaja de avião - sua mais nova experiência de consumo-, tem feito a classe C ajudar a expandir os negócios do mercado de assistência-viagem.

O produto de assistência-viagem é diferente do seguro viagem porque o turista não precisa pagar nada se tiver de ir ao dentista no exterior, por exemplo. As empresas desse setor, dependendo do plano adquirido, fornecem uma cobertura de gastos porque contam com uma rede credenciada.

No seguro, o consumidor tem de fazer o pagamento para ser reembolsado. No Brasil, as empresas de assistência-viagem não podem vender seguros, assim como as seguradoras não podem fazer o inverso.

A Travel Ace, uma das maiores empresas do setor de assistência viagem, está atraindo consumidores com um produto criado para a classe média, em dezembro de 2007, e que já responde por 17% das vendas totais.

A Inter Partner, empresa do grupo de origem francesa Axa, estima que nos próximos dois anos a participação da assistência viagem no faturamento da empresa, atualmente em 40%, cresça entre 5% e 8% ao ano, com a contribuição da classe C. A área de assistência do grupo Axa faturou EUR 929 milhões em 2010.

Decidimos customizar um produto voltado ao primeiro viajante, para a sua primeira viagem internacional, afirma o diretor-presidente da Travel Ace, Marcelo Fernández.

Segundo o executivo, a participação da classe C no faturamento da empresa no país, não divulgado, deverá crescer para 20% até o fim do ano. A Travel Ace América Latina estima faturamento de US$ 60 milhões em 2011.

A Travel Ace, fundada na Argentina, lançou a marca My Assistance para a classe C. São cinco planos diferentes com preços até 30% inferiores em relação aos produtos standard. Um plano de assistência de cinco dias, por exemplo, custa US$ 35.

Há quatro anos as agências de turismo têm divulgado a necessidade de uma assistência-viagem, afirma a diretora-executiva da Inter Partner, Fernanda Cortese, citando um dos fatores que têm impulsionado o mercado de assistência viagem.

Este ano, o faturamento da Inter Partner, que não foi divulgado, deverá crescer 14% ante 2010, quando o resultado ficou 16% acima do de 2009.

Nos últimos dois anos, o mercado brasileiro de assistência-viagem cresceu cerca de 50%. A estimativa é do presidente da Associação Brasileira de Cartões de Assistência (ABCA), Ricardo Roman.

Os passageiros estão se conscientizando da necessidade de ter uma assistência-viagem. Hoje, qualquer despesa de urgência no exterior sai por até US$ 5 mil, afirma Roman. A ABCA foi criada há um ano e meio e tem seis associadas. Segundo Roman, elas responder por entre 60% e 70% do setor. Embora a associação não tenha uma estimativa do faturamento do setor, Roman acredita que as vendas deverão crescer até 25% em 2011, em relação a 2010.

A Assist Card, de origem suíça, prefere trabalhar com um produto premium. O presidente da empresa, diz que não tem como alvo a classe C nem planeja lançar uma segunda marca para entrar nesse nicho de negócios.

Cerca de 55% do faturamento da Assist Card no Brasil vem de turismo de lazer. Os 45% restantes são gerados com o mercado corporativo. Neste ano, o faturamento da empresa, não divulgado, deverá crescer 50% ante 2010. O resultado acumula expansão de 43% no primeiro semestre.

A América Latina é a região que mais cresce para nós. E o Brasil responde por um terço dos resultados na região, diz o principal executivo da empresa, Renato Spadafora. Segundo ele, o preço médio de um plano básico, para uma viagem de cinco dias, é de US$ 40.

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